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SEM RENDA DE PROGRAMAS SOCIAIS, EM 2020 N° DE PESSOAS NA EXTREMA POBREZA NA BAHIA TERIA SIDO MAIS QUE O DOBRO

Redação - 03/12/2021 10:45 - Atualizado 03/12/2021

O impacto positivo dos programas sociais foi ainda maior entre as pessoas abaixo da linha de extrema pobreza. Sem esses benefícios, em 2020, o número de extremamente pobres na Bahia teria sido pouco mais que o dobro do verificado. No ano passado, 9,9% da população baiana estavam abaixo da linha de extrema pobreza monetária. Isso significa 1,477 milhão de pessoas vivendo com um rendimento domiciliar médio per capita inferior a R$ 148 por mês. O valor corresponde a US$ 1,90 por dia em paridade de poder de compra (PPC), fixado pelo Banco Mundial como critério de extrema pobreza.

Frente a 2019, o número de extremamente pobres na Bahia caiu 22,9%, o que representou menos 438 mil pessoas nessa situação, em um ano. Foi a maior diminuição absoluta no contingente de extremamente pobres desde o início da série histórica, em 2012, e a segunda queda percentual mais intensa nesses nove anos – inferior apenas à verificada entre 2013 e 2014 (-23,0%). O número de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza em 2020 (1,477 milhão) foi o menor para o estado em cinco anos, desde 2015, quando havia 1,381 milhão de extremamente pobres na Bahia.

No Brasil como um todo também houve uma expressiva queda desse contingente (-15,5% ou menos 2,216 milhões) chegando a 12,046 milhões de extremamente pobres em 2020. Esse grupo se reduziu em 18 das 27 unidades da Federação. A Bahia (-438 mil) teve o segundo maior recuo absoluto, abaixo apenas do Maranhão (-477 mil pessoas extremamente pobres e um ano). Ainda assim, o estado manteve, em 2020, o maior número de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza no país (1,477 milhão), posto que ocupada desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Em termos percentuais, a Bahia ficava em 6o lugar (era o 8o em 2019, ou seja, piorou no ranking).

Assim como ocorre em relação à linha de pobreza, retirando-se os programas sociais do valor total do rendimento domiciliar per capita, há um aumento do número de extremamente pobres na Bahia em todos os anos. Em 2020, porém, esse contingente seria mais que o dobro do que foi efetivamente verificado: 1 em cada 4 pessoas estariam abaixo da linha de extrema pobreza monetária no estado, isto é, 25,2% da população ou 3,753 milhões de pessoas. Ou seja, os benefícios dos programas sociais evitaram que 2,276 milhões de pessoas vivessem abaixo da linha de extrema pobreza na Bahia, em 2020.

Vale ressaltar que a elevação conjuntural do rendimento médio das famílias por prazo determinado, embora fundamental para o enfrentamento do período de crise, não necessariamente foi acompanhada por melhorias nas demais dimensões da qualidade de vida. Ainda assim, as linhas de pobreza monetárias são reconhecidos parâmetros de acompanhamento da situação econômica das famílias e são internacionalmente monitoradas e comparadas entre países.

Foto: divulgação

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