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DECISÃO DE CANCELAR FESTAS NO FIM DE ANO É CORRETA, DIZ FIOCRUZ

Redação - 30/11/2021 13:45

Diante da ameaça da variante Ômicron do novo coronavírus, algumas cidades brasileiras decidiram cancelar previamente as festas de Réveillon em 2021. Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (29), a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo afirmou que as decisões de cancelamento são acertadas.

“Essa decisão administrativamente tomada pela prefeitura de Salvador e por outras prefeituras, já algumas dezenas que nós estamos tomando ciência, a meu juízo são muito corretas. Eu acho que essa deveria ser uma medida geral adotada por todo mundo a evitar aglomerações em festa, quer de réveillon, quer de carnaval”, disse a doutora.

À CNN, a pesquisadora disse também que três fatores seriam os ideais para realizar festas sem maiores riscos: taxa de imunização de no mínimo 80%, baixo número de hospitalizações por Covid-19 e baixo número de mortos pela doença. “Somando esses três fatores aos protocolos e etc., poderíamos dizer que estaríamos fazendo eventos desse porte com algum grau de segurança”, afirmou.

Os pontos vermelhos na imagem acima demonstram o número de mutações comparando a variante Delta e a nova variante Ômicron do coronavírus. Segundo Dalcomo, mutações aconteceram especialmente na área do vírus que interage com células humanas. De acordo com Dalcomo, mesmo com o alto número de mutações, ainda não é possível saber se a nova variante é resistente às vacinas que vêm sendo aplicadas no mundo. “Nada indica, até o momento, que as vacinas que utilizamos e que estão aprovadas para uso no mundo inteiro não sejam protetoras para a nova cepa variante”, afirmou a pesquisadora.

Até o momento, não existem indícios que a variante Ômicron seja mais letal do que as variantes anteriores, apesar de suspeitas de que seja muito mais transmissível que cepas antecessoras. “Ela seguramente é mais transmissível. Mas, até o momento, não é causadora de casos mais graves do que a situação anterior”, disse Dalcomo. Sobre a restrição da entrada de estrangeiros vindos de países onde a nova cepa foi detectada, Dalcomo disse não ver a medida como necessária.

“Fechamento de voos, a essa altura, não parecer ser a medida sanitária mais acertada. Além dela ser altamente discriminatória, no momento que nós sabemos que a exigência do passaporte vacinal e a comprovação de que a pessoa não está doente seriam as medidas sanitárias mais corretas, mais oportunas”, concluiu.

Foto: divulgação

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