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FEBRABAN QUESTIONA JUROS ALTOS E BANCOS DIGITAIS REBATEM

Redação - 21/09/2021 16:37

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), que representa as instituições tradicionais e dominantes no sistema, e a Zetta, recém-criada associação que representa alguns dos novos desafiantes do sistema, ao todo 15 bancos digitais e fintechs entraram em atrito recentemente.

Na última quinta-feira (16), a Zetta decidiu adotar o ataque como a melhor defesa. Fundada em março por Google, que logo depois deixaria o grupo, Mercado Pago e Nubank – o maior dos bancos digitais tem a direção da associação e também presta suporte a ela – a entidade postou em sua conta no Twitter o link para matéria publicada no Valor Investe sobre estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) que apontava elevação de tarifas pelos grandes bancos acima da inflação.

A resposta veio no fim de semana, quando a Febraban postou em sua página no LinkedIn um texto com referências diretas ao Nubank, que, segundo a associação dos bancões, “cobra juros mais altos dos seus clientes do que a média dos cinco ou 10 maiores bancos brasileiros”.

A postagem menciona ainda a assimetria regulatória que, no entender da Febraban, propicia vantagens competitivas a bancos digitais e fintechs mais avantajados. “A ‘verdade’ verdadeira é que as grandes fintechs gostam mesmo é de pagar apenas ‘meia entrada’ e em nada se diferenciam dos bancos. Aliás, só não são bancos para pagar menos impostos, gerar menos empregos, ter poucas obrigações regulatórias e trabalhistas.”

Nesta terça (21) pela manhã, a Zetta ofereceu sua réplica, também no LinkedIn. No texto, intitulado “Assimetria regulatória favorece os bancos tradicionais e não as fintechs”, repisa um mantra que vem repetindo desde a sua criação, invertendo a queixa apresentada pelos bancos tradicionais.

Além de uma série de exigências a cumprir, entre as quais cita depósitos proporcionalmente mais elevados para o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) que os grandes bancos são obrigados a honrar e alíquotas de impostos sem os mesmos descontos que beneficiam seus rivais, o texto da Zetta diz que os juros praticados por seus associados são, em média, inferiores aos cobrados pelos bancões. (As informações são do Estadão)

 

Foto: Paulo Whitaker/Reuters

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