O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia deve crescer 4,6% em 2021. O número é resultado de um levantamento da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), segundo o qual todos os setores econômicos (Indústria, Serviços e Agropecuária) registrarão melhora este ano. O Relatório Técnico Estimativas do PIB da Bahia – 2021 foi divulgado nesta quinta-feira (22). A economia baiana encerrou o ano passado com queda de 3,4%, segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), da Secretaria de Planejamento do Estado. Caso a previsão para o PIB se confirme, será o maior crescimento percentual do estado desde 2010 (alta de 6,1%).
O estudo da Fieb indica que a maior expansão ocorrerá nos Serviços (6%), influenciado pela recuperação do segmento do Comércio. A indústria deve crescer 0,6% em relação ao ano passado, influenciada pela Construção Civil, que tem alta estimada de 7,5%. “Desde o segundo semestre do ano passado, a indústria da Construção Civil tem apresentado resultados positivos. Um dos fatores que contribuem para isso é que os juros estão relativamente baixos para o histórico brasileiro”, explicou o especialista em Desenvolvimento Industrial da Fieb e coordenador do estudo, Carlos Danilo Peres.
A indústria extrativa também deve contribuir positivamente para o setor industrial baiano em 2021. O relatório da FIEB prevê crescimento de 13,7%, justificado pela alta de preços das commodities minerais no cenário estadual. Nos primeiros cinco meses do ano, o segmento teve expansão de 12,9%. Em contrapartida, a indústria de transformação deve retrair 5%. De janeiro a maio, o valor transformado apresentou queda de 17,9% em relação a igual período do ano passado.“O resultado da indústria de transformação será influenciado pelo fechamento da Ford e pela ocorrência de uma parada para manutenção na Refinaria Landulpho Alves, que impactou a produção de combustíveis e outros derivados de petróleo”, explica Peres. Segmentos como química, borracha e plástico, metalurgia e calçados devem apresentar recuperação da atividade este ano.
Na agropecuária, segundo o estudo da Fieb, “a produção agrícola, cujo peso no setor é de 76,8%, deve apresentar crescimento do valor adicionado. Já a produção pecuária da Bahia, cuja participação no setor é de 18,5%, deve se beneficiar do aumento dos preços das carnes, principalmente da carne de boi e de frango”. A entidade frisa a previsão para a safra de cereais, oleaginosas e leguminosas da Bahia, em torno de 10,4 milhões de toneladas, conforma o IBGE.
Foto: Assessoria/Prefeitura de Ilhéus