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VOTO IMPRESSO DIVIDE POLÍTICOS BAIANOS QUE ACHAM QUE DEBATE DEVE SER COLOCADO DEPOIS DA PANDEMIA

Redação - 14/05/2021 11:00 - Atualizado 14/05/2021

Por: João Paulo Almeida

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O Presidente Jair Bolsonaro tem defendido em suas entrevistas que o voto impresso é fundamental para a idoneidade do processo eleitoral no Brasil. Segundo Bolsonaro com o voto de papel as fraudes eleitorais não seriam possíveis. Ontem, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, defendeu o sistema de votação brasileiro com as urnas eletrônicas e garantiu que os equipamentos são transparentes e seguros. O ministro, que também é membro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que as urnas ajudaram a superar as fraudes eleitorais que aconteciam desde a época da República Velha no país.

O Bahia econômica conversou com alguns líderes da oposição ao presidente e todos foram unanimes ao afirmar que o presidente está prevendo dificuldade nas urnas e está tentando atingir o processo eleitoral de 2022. A deputada Federal Lídice da Mata (PSB) acredita que essa é mais uma tentativa de Bolsonaro que tumultuar o processo eleitoral já que ele sabe que vai ter dificuldades nas urnas em 2022. “ele sabe que no processo normal não terá vida fácil nas urnas. Então está tentando tumultuar o voto em 2022. Eu não sou contra o voto de papel, só que precisa de tento e uma tecnologia adequada para manter a velocidade e a precisão dos votos que a urna tem. Não temos tempo para isso”, disse.

O deputado Federal Afonso Florence afirmou, que o voto eletrônico é seguro e que o Brasil não deve desviar o foco de suas questões principais como a CPI da covid, para dar público ao presidente Jair Bolsonaro, principal defensor da causa. “O presidente Bolsonaro constrói mais uma polêmica diversionista, para desviar a atenção da CPI do covid. O voto eletrônico é seguro! Em 2014, houve auditorias. Em 2018, a fraude foi política, dos da urna, com Moro e Dallagnol articulados com Bolsonaro, com financiamento de caixa dos, e o gabinete do ódio produzindo fake news. Com certeza que pode haver aperfeiçoamentos, mas o debate não pode ser iniciados dessa forma, com Bolsonaro usando-o para criar ambiente para violência política e golpe”, disse.

O deputado estadual Sandro Régis (DEM), também em contato com o portal afirmou que acredita no processo eleitoral vigente no Brasil e não vê necessidade de mudança. “Não tem por que mudar. Eu acredito fielmente no processo eleitoral que acontece hoje no Brasil através do voto eletrônico”, disse.

Ministro da Cidadania, João Roma defende o voto impresso nas eleições do país. Ele esteve presente em Salvador na semana passada, para apresentação de programas e ações da pasta. “Pode ser considerado sim um avanço para se verificar a autenticidade e legitimidade das nossas eleições. Cada vez mais firme na sua consolidação democrática, o voto impresso seria importante nesse sentido”, afirmou, durante coletiva de imprensa.

O prefeito Bruno Reis (DEM) declarou que o voto impresso “traz mais segurança” ao processo eleitoral. No entanto, para ele, não é prioridade neste momento. “Ele traz mais segurança, mas há necessidade? Já foram quantas eleições sem o voto impresso? Tecnologia, a inovação e os recursos não garantem a segurança necessária? Eu creio que sim. Esse é assunto é prioridade?”, questionou. “O Brasil com falta de segunda dose, nós com problemas no transporte pública e o que Brasília está discutindo. Voto impresso? Para uma eleição que é daqui a um ano e meio. Quando digo que Brasília vive um mundo irreal”, disse.

Foto: divulgação

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