Além da diversidade de ritmos, a Mostra Artística dará oportunidade de mostrar, ao público, como jovens de outras regiões da Bahia estão expressando e refletindo, através da linguagem da dança, sobre questões contemporâneas, como: religião, isolamento, meio-ambiente, violência, ancestralidade, entre outras. O júri selecionou 16 trabalhos de dança de 144 inscritos, sendo que 09 grupos receberão R$ 2.000,00 cada, e 07 duos e solos receberão R$ 1.000,00 cada como incentivo a continuarem produzindo dança.
Três coreografias trazem forte a importância da ancestralidade e do candomblé para a formação do povo negro: de Lauro de Freitas vem os trabalhos Omin Odo, que apresenta as movimentações da Orixá Oxum e a importância do acolhimento materno e o empoderamento feminino; e Axé que nos alimenta, um solo de Hainner Souza, que com a espada de Ogum faz o ritual para a paz, onde a dança é a armadura e assim vai-se à luta. De Salvador vem Justiça: Os olhos de Xangô, do Ballet Cultural Origens Africanas, que mostra a riqueza das danças e manifestações de matrizes africanas. Três trabalhos solo refletem as consequências da pandemia em nossas vidas: da cidade de Ribeira do Pombal vem Pelos Quatro Cantos, de Aline Bogarim, onde em meio à pandemia, buscou a conexão entre os vãos da casa e um amor se foi; de Salvador o espetáculo Abraço Ausente no Tempo Presente, de Marcelo Falcão, que nos convida a evitar o máximo de contato, afim de alertar a todos a importância da preservação e valorização da nossa vida e da vida do outro; e de Lauro de Freitas vem Submerso, como Soul Moviment Project, que trata da sobrevivência, a agonia, a necessidade de respirar fundo, ser firme e não deixar submergir nessa pandemia. Outros trabalhos abordam o corpo, as relações, os movimentos, as sensações, como: Onsra, duo com Thiago Santos e João Vitor, de Alagoinhas, traz a pureza e simplicidade da conexão entre dois, que em energia são um; Relações, duo com Gueu Jesus e Lia Brito de Salvador, que retrata um casal pego pela rotina, que vivem juntos infelizes, mas não conseguem se separar um do outro; Sensações, do Ballet Municipal de Cipó, onde os movimentos se entrelaçam a conexões externas e o corpo fala e transmuda nas sensações peculiares; (TER) roso, solo de Santo Amaro com Amanda Moreira, uma obra de pertencimento e questionamento sobre o seu lugar no mundo; e Metades de um todo, com a Honório Cia de Dança de Salvador, formado por artistas negrxs que trazem suas vivências e experiências como artistas contemporâneos. De Valença o espetáculo Sempre Assanhados, do grupo Os Assanhados, trazendo a alegria do pagode baiano; de Juazeiro, com a dança de rua vem Karma, do Inconstante Coletivo, e Encontros, do Grupo de Valsa Sintonia do Amor, que mostra a arte da periferia de Salvador com a leveza da valsa.
O Encontro propõe a troca de saberes ao conectar a Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia – UFBA, as redes cooperativas, as organizações públicas/privadas, como a Rede do Movimento de Teatro Amador da Bahia, o Atelier do Movimento Artístico – AMA e a Escola Contemporânea de Dança e Artes, bem como a participação e atuação de artistas independentes.
Esta edição do EIDAN tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
SERVIÇO:
MOSTRA ARTÍSTICA VIRTUAL – EIDAN ANO 8
Data: 30 e 31 de março de 2021, às 19h
Transmissão: Canal no Youtube – EIDAN ANO 8