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ANVISA APROVA USO DE ANTIVIRAL POR PACIENTES COM COVID-19

Redação - 12/03/2021 10:20 - Atualizado 12/03/2021

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira (12) o uso do antiviral remdesivir como o primeiro medicamento a ter recomendação em bula para pacientes com o novo coronavírus.

O remdesivir recebeu em outubro aprovação nos Estados Unidos da FDA (Food and Drug Administration, órgão equivalente à Anvisa) para uso como medicamento oficial para o tratamento da Covid-19. Quando foi infectado pelo novo coronavírus, no fim de setembro, o ex-presidente dos EUA Donald Trump fez uso do antiviral para se tratar seguindo orientação de sua equipe médica. Em novembro, porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou suas orientações contínuas sobre os medicamentos contra Covid-19 e desaconselhou o uso remdesivir para tratar pacientes hospitalizados, independentemente da gravidade da doença.

De acordo com a atualização, publicada na revista médica BMJ, as evidências não sugeriam que o remdesivir afetava o risco de morte por Covid-19 ou necessidade de ventilação mecânica, entre outros resultados importantes. Além disso, em entrevista à CNN a vice-diretora geral da OMS, Mariângela Simão, explicou que a orientação era baseada em diversos estudos que, no total, somaram mais de 7 mil pacientes avaliados que usuaram o remédio contra o novo coronavírus. “Esses estudos mostraram que o remdesivir não adiciona nada em termos de mortalidade ou progressão da doença para pacientes leves e, além de tudo, ele é injetável e bastante caro. A OMS recomenda mais estudos e pesquisas sobre o remdesivir. Com o conhecimento atual, ele não altera a progressão da doença e não evita mortes”, disse a médica sanitarista, na época.

Hoje pela manhã, duas farmacêuticas anunciaram que desenvolveram um medicamento que diminuiu hospitalizações e mortes por Covid-19. A combinação de drogas da parceria entra a Vir Biotechnology, dos Estados Unidos, e da GlaxoSmithKline (GSK), do Reino Unido, teria conseguido reduzir em até 85% os casos de internação e mortes. Elas criaram um remédio, batizado de VIR-7831, com base em anticorpos. Segundo as farmacêuticas, um painel independente, que acompanhava o estudo, indicou que não seriam necessários mais testes, pois o medicamento de mostrou muito promissor desde o início. As companhias vão pedir à FDA – equivalente à Anvisa no Brasil –  autorização para uso emergencial nos Estados Unidos. Caso seja aprovado, a droga vai se juntar aos medicamentos fabricados pela Eli Lilly e pela Regeneron Pharmaceuticals.

Em breve mais informações

Foto: Ulrich Perrey/Reuters

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