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PIB DE SALVADOR CRESCE 1,1%, MAS FORTALEZA É MAIOR, DIZ IBGE

Redação - 16/12/2020 13:26 - Atualizado 16/12/2020

Em 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) de Salvador foi estimado em R$ 63,5 bilhões, avançando nominalmente (considerando a variação dos preços) em relação aos R$62,8 bilhões em 2017 (+1,1%). Ainda assim, a cidade deixou de ser a maior Economia municipal da região Nordeste pela primeira vez desde o início da série histórica do PIB dos Municípios, em 2002. Em 2018, a capital baiana foi ultrapassada por Fortaleza/CE, que apresentou um PIB de R$ 67,0 bilhões.

Com isso, Salvador desceu um degrau no ranking dos maiores PIBs municipais do país, caindo de 9º para 10º lugar, considerando-se todas as 5.570 cidades, e de 8º para 9º lugar entre as 27 capitais. De uma forma geral, a capital baiana teve a 8a maior perda de participação no PIB nacional, de 0,95% em 2017 para 0,91% em 2018. São Paulo liderou esse movimento, caindo de uma participação de 10,61% em 2017 para 10,20% em 2018. Dentre os 10 municípios com maiores PIBs no país, apenas Osasco/SP (R$ 76,6 bilhões) não é uma capital.

O município de São Paulo tem, historicamente, o maior valor, que foi de R$ 714,7 bilhões em 2018, representando 10,2% do PIB brasileiro e mais de 11 vezes o PIB soteropolitano. As perdas de participação e de posição por parte de Salvador nos PIBs nacional e nordestino, entre 2017 e 2018, se explicam, em parte, pela retração nominal da indústria na capital e, de forma mais importante, pela queda de participação nos serviços em geral. Em 2018, o valor adicionado bruto da indústria soteropolitana ficou em R$ 6,9 bilhões, mostrando um recuo nominal de 6,4% frente ao gerado em 2017 (R$ 7,4 bilhões).

Com isso, a indústria perdeu peso na Economia de Salvador (de 13,53% do valor total gerado pelo PIB em 2017 para 12,54% em 2018); e a capital baiana, por sua vez, perdeu participação no valor gerado pelo setor industrial em nível nacional (de 0,62% para 0,53%), regional (de 4,67% para 4,16% no Nordeste) e estadual (de 13,94% para 12,82% na indústria baiana). O setor de serviços como um todo de Salvador (incluindo a administração pública) teve, em 2018, um valor adicionado bruto de R$ 48,2 bilhões, o que representou 87,4% do total gerado pela Economia soteropolitana no ano. Houve um crescimento nominal de 2,2% frente a 2017 (quando o valor tinha sido de R$ 47,2 bilhões, representando 86,4% do total).

Mesmo assim, por esse crescimento ter sido menor do que o verificado em outros municípios, a capital perdeu participação no setor de serviços nacional (de 2,1% para 2,0%), do Nordeste (de 13,3% para 13,0%) e no próprio estado (de 49,7% para 48,1%, mantendo-se, nesse caso, ainda bastante relevante). A Bahia tinha, em 2018, 3 cidades entre os 100 maiores PIBs municipais brasileiros. Além da capital (10º), Camaçari (39º maior PIB do país) e Feira de Santana (68º) também estavam neste grupo. Frente ao ano anterior, o estado perdeu 1 município entre os 100 maiores PIBs. São Francisco do Conde, que tinha a 97ª maior Economia do país em 2017, teve retração nominal no seu PIB, de R$ 10,1 bilhões para R$ 8,9 bilhões (-12,4%), e, apesar de se manter como o 4o maior PIB da Bahia, caiu para a 130ª posição nacional.

O IBGE afirma que foi a primeira vez na história, mas Fortaleza já supeou a Salvador em outros anos, a não ser que tenham ocorrido modificações nos índices com atualizacões.

Foto: divulgação

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