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VERDADES, MENTIRAS E INCERTEZAS SOBRE A VACINA CONTRA A COVID-19

Redação - 05/12/2020 07:42

Com a pandemia prestes a completar nove meses, os últimos dias foram marcados pela forte expectativa em torno do parto mais aguardado do mundo. Pela primeira vez desde o início do turbilhão global provocado pelo novo coronavírus, a vacina contra a covid-19 tornou-se fato concreto em um cenário ainda marcado por fakes e dúvidas, especialmente, sobre quando e onde ela estará disponível para todos os países afetados duramente pela doença, caso do Brasil.

Entre as verdades consolidadas, é certo que o Reino Unido se prepara para iniciar o processo de vacinação em massa a partir da próxima terça-feira. A informação foi confirmada na sexta pelo diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde do país, Chris Hopson, em entrevista concedida à rede britânica BBC. Lá, as doses iniciais serão aplicadas nos idoso abrigados em casas de repouso, bem como funcionários que atuam nesses estabelecimentos.

Em seguida, de acordo com o plano aprovado pelo governo do Reino Unido, vêm pessoas com mais de 80 anos e profissionais de saúde. O que, segundo projeções feitas pelas autoridades médicas inglesas, pode prevenir até 99% das internações e mortes nos hospitais voltados a pacientes com covid. A partir daí, começaria a distribuição gradual do restante das 40 milhões de doses encomendadas pelo país, suficiente para atender 20 milhões de cidadãos.

Isso porque a vacina escolhida pelo britânicos, fruto de uma parceria entre os laboratórios Pfizer e BioNTech, necessita de duas doses para imunizar cada pessoa. A eficiência de 95% na fase final dos testes e a rapidez com a qual o Reino Unido agiu acelerou o processo em diversos outros países. Lista que inclui Alemanha e Itália. Nos EUA, a Pfizer aguarda o aval dos órgãos reguladores, bem como a farmacêutica Moderna, cujo imunizante atingiu 94,5% de eficácia.

Certo também é que a Rússia já deu a largada na corrida com criação própria, a Sputnik V, uma das mais de dez vacinas que entraram no páreo para combater o vírus (veja lista das principais ao lado). No entanto, a comunidade médica internacional ainda se mantém muito reticente quanto à confiabilidade do imunizante russo, já que os estudos clínicos e os métodos de desenvolvimento sobre ele nunca foram publicados em periódicos científicos.

A União Europeia, que havia anunciado no último dia 26 a compra de 600 milhões de doses de vários fabricantes, solicitou aos 27 países-membros do bloco um plano de vacinação. Na parte menos desenvolvida do planeta, é possível movimento semelhante. Chile, Equador, Panamá, Costa Rica, Peru e México, por exemplo, fecharam acordo com a Pfizer.

Foto: divulgação

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