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AUMENTO NA CAPTAÇÃO DE TÍTULOS INDEXADOS À TAXA SELIC

Redação - 27/05/2020 13:45

Os dois primeiros destaques têm em comum um fator: risco mais baixo. Quando falamos em Tesouro Direto, naturalmente nos referimos aos investimentos menos arriscados do Brasil (em termos de risco de crédito). Porém é possível fazer esta distinção entre os ativos disponíveis também. O Tesouro Selic é ideal para a composição da reserva de emergência, pois tem baixíssimo risco de mercado (que é a exposição às oscilações que podem ocorrer até a data de vencimento) e pode ser resgatado a qualquer momento, com seus recursos ficando disponíveis no dia seguinte. Ou seja: alta segurança e liquidez.

No caso do prazo, podemos identificar a relação com o aumento nas aplicações no Tesouro Selic, que vence em 2025, mas vale comentar que quanto menor o prazo do investimento, menor o risco envolvido. Sendo assim, podemos identificar a busca dos investidores por segurança. Dado o cenário de ainda elevada incerteza em que estamos desde o início da pandemia do covid-19 no Brasil, é mais fácil entender o porquê. E é interessante destacar que isso ocorreu mesmo em um cenário de taxas de juros cada vez mais baixas, demonstrando a relevância de títulos públicos em diferentes contextos.

A redução na captação de títulos prefixados pode ter relação com este patamar da taxa Selic. Em abril, o Banco Central ainda não havia realizado o último corte nos juros básicos para 3%, porém as expectativas do mercado já apontavam nesta direção. Com isso, o espaço para ganhos com taxas prefixadas foi reduzido.

A notícia de captação líquida recorde traz também aumento no número de investidores do Tesouro Direto e faz com que o estoque total chegue a R$ 60,2 bilhões. Além disso, o programa apresentou maior participação de investidores mais jovens, que provavelmente passam a enxergar a importância de uma boa base para o futuro e que por isso têm boa probabilidade de passar a se interessar mais pelo tema e continuar investindo (seja no Tesouro ou em outros ativos).

Ao lembrarmos dos mais de R$ 800 bilhões ainda aplicados na Poupança, é possível perceber que ainda há um caminho considerável a percorrer, porém notícias como a de hoje mostram que o investidor brasileiro pode estar começando a se conscientizar sobre opções melhores, mais rentáveis e mais seguras.

Foto: divulgação

 

 

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