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TRUMP LIBERA US$ 50 BI PARA ECONOMIA DO CORONAVÍRUS NOS EUA

Redação - 12/03/2020 07:12

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou medidas adicionais para minimizar os impactos da pandemia do novo coronavírus na economia americana. Em pronunciamento à nação na noite desta quarta-feira, Trump informou que irá instruir a Administração de Pequenos Negócios (SBA, na sigla em inglês) — agência federal de suporte a empreendedores e pequenas empresas — a fornecer “capital e liquidez a empresas afetadas”, que receberá fundos adicionais de US$ 50 bilhões. “A SBA vai começar a fornecer empréstimos econômicos em estados e territórios afetados”, explicou o presidente. “Esses empréstimos com juros baixos vão ajudar pequenos negócios a superarem as interrupções econômicas provocadas pelo vírus”.

A medida terá efeito imediato. Além disso, o presidente informou que irá instruir o Departamento do Tesouro a adiar pagamentos de impostos, sem juros ou multas, para certos “indivíduos ou negócios impactados negativamente”. O republicano também se comprometeu a negociar com o Congresso para fornecer aos americanos “alívio imediato dos impostos sobre folhas de pagamento”. “Esta ação irá fornecer mais de US$ 200 bilhões adicionais em liquidez para a economia”, disse Trump. “Nós estamos num momento crítico na luta contra o vírus”.

No pronunciamento, Trump fez recomendações à população, com medidas higiênicas como lavar bem as mãos, e contou sobre reunião com representantes da indústria de seguros de saúde, que concordaram em “renunciar a todos os copagamentos para tratamentos para o coronavírus”, estendendo a cobertura para a doença para evitar “contas médicas surpresa”. E recomendou que quem estiver doente “fique em casa”.

“Para garantir que os trabalhadores americanos impactados pelo vírus possam ficar em casa sem medo de dificuldades financeiras, em breve eu tomarei ações de emergência, o que é sem precedentes, para fornecer alívio financeiro” disse o presidente. “O foco será em trabalhadores que estão doentes, em quarentena ou cuidando de outros por causa do coronavírus”.

Trump recordou sua primeira medida para lidar com a pandemia. Na semana passada, assinou lei aprovada pelo Congresso que cria fundo de US$ 8,3 bilhões para ajudar o Centro de Controle e Prevenção de Doenças e outras agências no combate ao vírus, financiando a pesquisa por vacinas, tratamentos e distribuição de suprimentos médicos.

Além dos incentivos econômicos, Trump anunciou a suspensão de todos os voos da Europa para os EUA por 30 dias, contados a partir desta sexta-feira. A proibição não afeta o Reino Unido, nem o transporte de cargas. A medida não foi bem recebida pelos mercados asiáticos, que estavam começando as negociações de quinta-feira. Logo após o pronunciamento, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, caía 3,22%. Hong Kong abriu em queda de 2,88%.

A proibição dos voos deve pressionar ainda mais os preços do petróleo. Logo após o anúncio da medida, o barril de West Texas Intermediate perdeu mais 2,6%, para 32 dólares, enquanto o Brent se desvalorizou em 2,3%, para US$ 35. O pronunciamento aconteceu no mesmo dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou pandemia mundial do novo coronavírus, com mais de 118 mil casos confirmados em 114 países, e 4,3 mil mortes.

China, Itália, Irã e Coreia do Sul concentram as infecções, mas França, Espanha e Alemanha já registram mais de mil pacientes com a doença. Segundo a entidade, os EUA têm 696 casos. Porém, o New York Times já contabiliza 1.190 casos confirmados em território americano, espalhados por 41 estados e a capital, Washington, com 37 mortes.

Foto: divulgação

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