Por João Paulo Almeida
A Guerra de preços entre grandes produtores e avanço da epidemia de coronavírus que derrubou o preço do petróleo para perto de US$ 30, maior tombo desde a Guerra do Golfo, afetando bolsas em todo o mundo terá um impacto positivo a médio e longo prazo segundo o economista e analista político Carlo Barbieri, que atua nos EUA ha mais de 30 anos e repercute os impactos da guerra do Petróleo e queda da bovespa.
Em entrevista ao portal Bahia Econômica, Carlos explicou, “o impacto dessa guerra no preço do petróleo é um impacto positivo a médio prazo. A exceção são as companhias de petróleo, que logicamente serão prejudicadas, e consequentemente a bolsa será em função da queda do valor das ações dela. Nessa fase, em que o mundo todo está buscando se recuperar ou encontrar uma forma de passar por cima do que está acontecendo com o coronavírus, o preço do petróleo cair é seguramente um fator auspicioso para todo o mundo. Não há porque você abaixar impostos num Brasil que está realmente capengando para tentar reequacionar sua economia, destruída ao longo de muitos anos. Então, baixar os impostos hoje seria muito difícil. Por outro lado, a própria queda do valor do petróleo vem ajudar de maneira objetiva o equacionamento do preço para o consumidor brasileiro em geral e para o transporte comercial em geral. Eu tenho a impressão de que neste momento não cabe intervenção do governo nessa área, menos ainda em termos de diminuição do imposto”, explicou
As bolsas de valores europeias operam em forte queda nesta segunda-feira (9), em meio ao aumento da tensão nos mercados devido ao avanço do coronavírus e à guerra de preços iniciada entre grandes produtores de petróleo, que dez desabar o preço do barril. O índice London FTSE-100, da bolsa de Londres, caía 18,88%; o Frankfurt Dax, na Alemanha, 19,55%, o CAC-40, em Paris, 20,22%, e o Ibex 35, em Madrid, 19,06%, segundo dados da Bloomberg. Em Milão, o FTSE MIB caía 9,548%. Os preços do petróleo também tombavam perto de 20%. Na abertura dos negócios no mercado asiático, o preço do petróleo do tipo Brent (principal referência internacional) chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991).
Foto: divulgação
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