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AFONSO FLORENCE – DEPUTADO FEDERAL PELO PT NA BAHIA

Redação - 13/01/2020 07:00

Por: João paulo Almeida 

BE- O Democratas encabeçado pelo prefeito ACM Neto lançou o pré-candidato Bruno Reis a prefeitura de Salvador. O PT até agora tem vários pré-candidatos, porém ainda não oficializou a sua candidatura. O senhor não acha que o partido está demorando para lançar seu candidato?

AF- Veja bem, o prefeito lançou um nome que já vinha sendo trabalhando a muito tempo. Eu tenho a impressão que o nome de Bruno Reis já era dado como certo desde quando Neto acabou desistido da campanha para o governo do estado. Nós do PT ainda temos tempo hábil para fazer campanha e lançar nosso candidato. O período eleitoral ainda está apenas começando e ainda tem muita coisa para acontecer nessa campanha. Confesso que nesse aspecto a oposição saiu na frente, mas as eleições ainda não começaram.

BE- A que o senhor atribuí esse demora do PT em escolher seu candidato para as eleições de 2020?  

AF- O PT é um partido democrático. Diferente do Democratas que na Bahia tem seu coronel ACM Neto que é quem manda em tudo, nós temos vários debates internos e democraticamente estamos decidindo aquilo que é melhor para a Salvador. Ou seja, escolhendo aquele que tem o melhor projeto. Todos os pré-candidatos, lançados até o momento no PT tem o aval de toda a mesa diretora e num momento oportuno vamos fazer o nosso debate interno e escolher a chapa que melhor vai servir a Salvador. O Governador Rui Costa também pode fazer parte dessa composição, mas ainda não sabemos qual destino ele vai tomar nas próximas eleições. Acreditamos que ele vai sugerir um candidato e o PT vai avaliar se o nome pode atingir aquilo que nós temos como expectativa para Salvador.

BE- O Fato do presidente do Bahia Guilherme Bellintani ter desistido da campanha foi ruim para o PT ?

AF- O presidente do Bahia surgiu com um nome para a campanha. Houve uma aproximação com o prefeito, mas também houve uma aproximação com a oposição. Então não considero que Bellintani tenha prejudicado o PT. Ele estava jogando para os dois lados. Mas sem confirmar que seria candidato. Talvez houvesse uma aproximação maior com o PT, mas não foi certeza de nada. Então não considero que fosse prejuízo para o partido a desistência dele.

BE- Quem é seu candidato nas eleições de 2020?

AF- Eu vou defender internamente a candidatura de Robson Almeida. Ele já lançou seu nome como pré-candidato e acho que ele tem o perfil de mudança que Salvador precisa. Veja bem, a prefeitura tem dois grandes projetos sendo cabos eleitorais nessa campanha. O BRT e o Centro de Convenções. Não existe nenhum projeto social importante sendo executado. Não existe a prefeitura atuando com programas dentro das comunidades da capital. Dando emprego e oportunidades para as pessoas que moram longe dos grandes centros da capital.

BE- O senhor acredita que o PDT com a chegada de Léo Prates pode deixar a base do governo?

AF- A questão do PDT ela é bem particular. O Partido já esteve na base da prefeitura na época de João Henrique e hoje faz parte da base do governo. A chegada de Léo Prates não deve interferir nesse momento na posição do partido em relação a sua localização no governo. Eu acho que Prates é o nome forte que eles buscavam para campanha e pode ser que tenha alguns votos para vereadores. É muito incerto ainda o que vai acontecer com a legenda em relação a campanha de 2020?

BE- Como o senhor acredita que as eleições de 20202 na Bahia vão acontecer?   

AF- Fazendo uma analise ampla eu acho que ela vai ser polarizada entre aqueles que apoiam Bolsonaro e seu governo e aqueles que são contra. O prefeito ACM Neto tem três fortes ministros na base do governo Bolsonaro. Então ele faz parte daqueles que apoiam Bolsonaro e nós do PT somos aqueles que somos contra o governo e sua forma de agir.

BE- Como o senhor avalia o governo Bolsonaro pagar o 13° do bolsa família com dinheiro da previdência?

AF- eu acho que esse foi um jogo político muito ruim para os beneficiários do programa. Imagine você que o projeto está a muito tempo sem reajuste e ele poderia ao invés de aplicar um 13° de mentirinha dar um reajuste o ano inteiro para as pessoas. Então isso ai nada mais é do que uma jogada política do governo para conquistar o público do Bolsa família.

Foto: divulgação

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