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ARMANDO AVENA: ONDE APLICAR O DINHEIRO APÓS A QUEDA DA TAXA DE JUROS

Redação - 19/12/2019 07:10 - Atualizado 17/02/2020

A redução da taxa de juros Selic para 4,5% feita pelo Banco Central na semana passada vai mudar a vida das pessoas que vivem de recursos aplicados no mercado financeiro. É que, descontada a inflação, a taxa de juros real da economia passou a ser menor que 1% e aqueles que mantiverem seu dinheiro na poupança, em fundos de renda fixa, CDBs, LCIs e outras aplicações vão receber rendimento da ordem de 0,5% ao ano, ou menos. E quando for subtraído dessa rentabilidade pífia a taxa de administração dos fundos de renda fixa, a rentabilidade poderá ficar negativa. Ou seja, o aplicador estará perdendo capital.

Na verdade, esse fundos perderam o sentido e só vale a pena aplicar neles com o objetivo de fluxo de caixa, ou seja, ter uma reserva que vai ser gasta em breve e, mesmo assim, se a taxa de administração for baixa. Nesse cenário, uma possibilidade é a aplicação em fundos de previdência privada, mas se o investidor optar por um fundo conservador, também vai ficar com rendimento zero, ou quase, sendo interessante avaliar a possibilidade de migrar para um fundo com perfil mais moderado ou arrojado. Afora isso, só resta no mercado de renda fixa os títulos do tesouro, que só viabilizam rendimento maior com prazos de resgate mais longos. Em resumo: não há mais espaço para o rentismo sem risco na economia brasileira.

Quem quiser maior rentabilidade terá que assumir risco proporcionalmente maior. Mas existem opções com risco relativamente baixo no mercado como, por exemplo, os chamados fundos multimercado, uma mescla de papeis fixos e variáveis, os fundos de ações e os fundos imobiliários, que são como fundos de ações de grupos de setores ou grupos de empresas e remuneram com dividendos e as cotas podem se valorizar na hora da venda. Todos dão rentabilidade maior que os fundos de renda fixa, mas embutem algum risco e leitor leigo deve conversar com seu gerente antes de tomar qualquer decisão.

Há ainda a hipótese do mercado de imóveis, opção segura e que pode viabilizar retorno a longo prazo, mas que não oferece liquidez. A verdade é que o Brasil está se tornando um país capitalista e quem busca rentabilidade maior vai ter de aplicar no setor produtivo, seja abrindo seu próprio negócio ou investindo em ações de empresas.

OTTO E O VELHO CHICO

A revitalização do Rio Francisco é uma luta do senador Otto Alencar, mas faltam recursos. Agora, como relator da proposta de emenda à Constituição para a desvinculação dos fundos públicos, o senador colocou em seu relatório que parte das receitas desvinculadas poderá ser usada em projetos e programas voltados à erradicação da pobreza e a investimentos em infraestrutura. Entre essas áreas está a revitalização da Bacia do Rio São Francisco e a implantação e conclusão de rodovias e ferrovias. Para o São Francisco Otto garantiu pelo menos 3% das verbas desvinculadas, cerca de R$ 500 milhões por ano, um investimento de R$ 5 bilhões em 10 anos. É o começo da salvação do velho Chico.

O PIB DO TURISMO

Finalmente sabemos que o turismo representa 4% do PIB baiano, segundo cálculo oficial da Sei –Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais. O trade turístico queria que fosse mais, no entanto esse número é expressivo, significando uma movimentação financeira anual de mais de R$ 10 bilhões em 2017. O turismo foi dividido em transportes, armazenagem e correios; alojamento e alimentação; serviços de informação e comunicação; artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços. E quem move o turismo baiano é zona turística da Bahia de Todos os Santos, que responde por quase 60% de todo o valor adicionado destas atividades.

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