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ARMANDO AVENA: OS MISTÉRIOS DA BARRA 

Redação - 28/11/2019 06:47 - Atualizado 17/02/2020

Quando se chega ao Cristo e os olhos percorrerem a praia até chegarem ao Farol da Barra, a certeza é imediata: estamos diante de uma das mais belas vistas do mundo. E, no entanto, a medida que se anda pelo calçadão um mistério começa a tomar forma, pois, ao invés de casas e apartamentos milionários e hotéis cinco estrelas, como se vê em Copacabana, Nápoles ou Fortaleza, o que se vê são casas abandonadas, restaurantes e pousadas de quinta categoria, agencias bancárias e estacionamentos. E tudo piora a medida que se chega ao Porto, quando a barra começa a fica pesada e as sub habitações se misturam ao tráfico de drogas. A Prefeitura requalificou toda a região e o projeto tendo como base uma tendência internacional de “espaço compartilhado” deu cara nova ao bairro e, no entanto, a degradação continua.

O que explica o mistério da Barra? Dez entre dez especialistas põem a culpa no Carnaval. E eles tem razão. Não só porque os proprietários deixam os imóveis se degradando e no fim do ano ganham milhões alugando-os para os camarotes, mas também porque não faz sentido manter um mega carnaval de trios elétricos num bairro residencial. E suspender o alvará  desses imóveis, como fez a Prefeitura,  é mero paliativo. Na verdade, é preciso tirar da Barra o mega carnaval de trios elétricos e camarotes, deixando ali apenas o Fuzuê e o Furdunço e o carnaval de blocos. A montagem de toda estrutura do carnaval e dos enormes camarotes inviabilizam a Barra como bairro residencial e trazem poucos benefícios para a cidade.

Os camarotes são verdadeiros enclaves, já que muito pouco deixam em termos de investimentos e benefícios, criam uns poucos empregos e lucram muito se beneficiando  das atrações pagas pelas empresas ou pelo poder público. Está na hora do carnaval sair da Barra que nunca teve tradição carnavalesca”, afinal o carnaval foi parar ali porque em 1979 Daniela Mercury resolveu levar o Camaleão para desfilar no Farol. E, vale lembrar,  que o impacto na economia será pequeno, já que os milhares de turistas que vem à Salvador para o carnaval continuarão vindo não importa onde ele seja, os hotéis continuarão cheios em toda a parte, os blocos seguirão desfilando e os mesmos os donos de camarotes continuarão colocando suas mega estruturas em outro lugar.

                                                  SIMPÓSIO DO GÁS NATURAL

O Simpósio Regulação e Competitividade no Novo Mercado do Gás realizado ontem no WisH Hotel da Bahia e organizado pelo Grupo A Tarde e pela Comissão Especial de Energia  da OAB mostrou que setor de gás que é fundamental para o futuro da economia baiana. Grande parte da indústria baiana usa o gás natural e disso depende sua competitividade, afetada por conta do atual monopólio na produção e distribuição. No simpósio, Adriano Pires, Maílson da Nobrega, o secretario de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti  e outros especialistas concordaram que a desmonopolização do setor de produção e a regulação no segmento de transporte e distribuição são indispensáveis.

                                         REVISTA DO BAHIA ECONÔMICA

No próximo dia 03 de dezembro, no auditório da Fecomércio no 3º andar, será lançada, a partir das 19 horas, o primeiro número da Revista Bahia Econômica, uma publicação anual do portal Bahia Econômica, cujo objetivo é a analise da economia baiana e seus principais setores. O lançamento vai reunir os principais lideres  empresariais e políticos do Estado, que escreveram sobre seus respectivos setores. A Revista do Bahia Econômica terá como tema: Bahia 2020 – Um Novo Ciclo de Desenvolvimento. Na oportunidade haverá um pré-lançamento do meu novo livro cujo lançamento oficial esta previsto para dezembro.

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