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ARMANDO AVENA: ONDE INVESTIR MEU DINHEIRO, NESSE MUNDO DE JUROS BAIXOS

Redação - 28/10/2019 06:00 - Atualizado 17/02/2020

O Copom – Comitê de Política Monetária reduziu a taxa de juros Selic para 5 % ao ano.  Com isso, a poupança, os Fundos de Renda Fixa e os melhores CDBs vão render cerca de 4% ao ano em termos nominais. Ou seja: em termos reais, após ser descontada a inflação, a poupança, os Fundos de Renda Fixa e muitos planos de Previdência Privada vão render 1% ou menos por ano, a depender da taxa de administração. Se a aplicação for de prazo mais longo, como nos títulos do Tesouro Direto e outras, a rentabilidade pode ser um pouquinho maior, mas, ainda assim, desestimulante.

O que fazer, então?  O que poderá fazer o cidadão que tem aplicações no mercado financeiro para não perder dinheiro ou ganhar muito pouco?

No campo dos Fundo de Renda Fixa conservadores que garantem sempre rentabilidade mensal positiva não há mais saída e muitos deles vão render menos que a poupança. Mas quem está disposto a arriscar um pouco mais, com possibilidade de encarar uma rentabilidade negativa em um mês ou outro, mas garantir uma boa rentabilidade no ano, a saída são os Fundos de Renda Fixa não tradicionais. Entre os vários fundos desse tipo cito os Fundos de Inflação e os Fundos Imobiliários.

Os fundos de inflação, ou fundos de Renda Fixa de Índice,  conhecidos como IMA-B, são fundos baseados em uma carteira de investimentos que é composta por títulos públicos que são negociados pelo Tesouro Nacional. A rentabilidade de alguns desses títulos superou os 20% até setembro de 2019, mas, atenção, rentabilidade passada não garante rentabilidade futura. Já os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII) são fundos compostos por investimentos do setor imobiliário, seja em fundos que possuem imóveis físicos, como shoppings centers e hotéis, ou em fundos de papel, cujo  patrimônio é composto por aplicações financeiras do setor imobiliário. Ambos os fundos estão com rentabilidade acima da média, mas vale a pena consultar o gerente do banco, antes de tomar qualquer decisão.

Afora isso, no mercado de papéis, o caminho para obter maior rentabilidade está nos ativos de risco, a exemplo da bolsa de valores que está em um bom momento e deve, em breve, superar os 120 mil pontos. Aqui também vale o aviso: bolsa de valores é investimento de longo prazo.  No mais, para quem tem dinheiro em caixa, o melhor mesmo é voltar ao mercado produtivo, onde a capacidade de gerar lucros é maior e onde surgem boas oportunidades especialmente num momento de retomada do crescimento econômico, como o que vive o Brasil  E uma coisa é certa:  rentabilidade real de apenas 1% ao ano não estimula ninguém e, mais cedo ou mais tarde, boa parte do dinheiro que hoje está estacionado nas aplicações financeiras de renda fixa vão buscar outras alternativas. (28/10/2019)

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