O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reuniu-se na noite desta segunda-feira (5) com líderes partidários favoráveis à reforma da Previdência para debater a votação, em segundo turno, da PEC que altera as regras de aposentadoria. Enviada pelo governo em fevereiro, a reforma da Previdência foi aprovada em primeiro turno em 10 de julho, por 379 votos a 131. O texto será submetido a uma nova votação nesta semana. Se aprovado, será encaminhado ao Senado.
Entre os líderes que participaram da reunião, estavam os deputados André de Paula (PSD-PE), Wellington Roberto (PL-PB), Toninho Wandscheer (PROS-PR), Baleia Rossi (MDB-SP), Daniel Coelho (Cidadania-PE), Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA), Augusto Coutinho (SD-PE) e Jhonatan de Jesus (PRB-RR). Também participou o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator do texto da reforma.
De acordo com André de Paula, na reunião, os parlamentares discutiram os próximas etapas da análise da reforma da Previdência. Depois da reunião, o líder do Solidariedade, Augusto Coutinho, afirmou que a intenção é iniciar a discussão em segundo turno e votar até dois destaques já na sessão desta terça. “E encerrar isso [a votação] de quarta para quinta”, declarou. De acordo com o parlamentar, o destaque “mais problemático” é um que pode mexer nas regras de pensão por morte, mas que o governo negocia um projeto para tratar do tema.
“O governo vai se sentar com a bancada feminina para apresentar uma proposta de projeto que vai ser encaminhado para a Câmara para solucionar essa questão. A gente acha que isso será pacificado. Estava havendo uma questão sobre os dependentes. Essa questão é que [o secretário de Previdência], Rogério Marinho, amanhã [terça], vai trazer uma proposta que a gente acha que faz um entendimento, que facilitará a votação dessa questão”, afirmou Coutinho.
Segundo o deputado, há “movimentações” de mudança de votos entre deputados baianos em razão de recentes atritos do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), com o governador da Bahia, Rui Costa (PT). “Mas acredito que isso vai ser superado”, disse. De acordo com Coutinho, na reunião desta segunda-feira, os líderes não trataram de liberação de emendas para a aprovação da reforma em segundo turno. “Não aconteceu [a liberação de recursos de emendas], mas nenhum dos líderes levantou essa questão como sendo impeditiva para a votação. O sentimento é de que a gente precisa votar essa matéria não pelo governo, mas pelo Brasil”, disse.