Um estudo realizado com economistas pelo portal G1, apontou que a política do governo de Bolsonaro não garante que o país irá aumentar o número de vagas de trabalho. Seis economistas foram ouvidos e 3 disseram que a gestão Bolsonaro conseguirá aumentar a criação de vagas, enquanto outros 3 disseram que não. Participaram do levantamento Alessandra Ribeiro (Tendências Consultoria), Alex Agostini (Austin Rating), André Perfeito (Necton), José Francisco de Lima Gonçalves (Banco Fator), Luís Paulo Rosenberg (Rosenberg Associados) e Marcel Caparoz (RC Consultores).
Perfeito afirma que as condições atuais da economia não permitem garantir o que acontecerá com o mercado de trabalho, que depende da recuperação da economia em si. “Os economistas acreditavam que bastava o choque de confiança e os juros caírem fortemente. O choque de confiança aconteceu, mas o problema é que o mundo não vive só de confiança. E não adianta ter os juros no lugar certo e a economia no lugar errado”.
Nesse sentido, Caparoz comenta que “a frustração sobre o ritmo de crescimento econômico no Brasil tem reflexos diretos sobre o mercado de trabalho, que demonstra dificuldades para elevar o número de novas contratações”. Já Alessandra ressalva que, ao fazer previsões sobre o mercado de trabalho, é preciso olhar os números com cuidado, sem considerar apenas a redução da taxa de desemprego. Isso porque, nos últimos meses, a queda da taxa de desemprego vem sendo sustentada pelo mercado informal. À medida em que a economia melhorar, esses postos devem perder lugar para os empregos com carteira, além do fato de pessoas que haviam desistido de procurar podem voltar à busca. Agostini diz que a geração de empregos deve acontecer “de forma mais consistente somente a partir de 2020”.