Os refugiados no Brasil apresentam escolaridade acima da média brasileira, mas são os mais afetados pelo desemprego e poucos conseguem revalidar o diploma no país. As informações são da pesquisa inédita divulgada nesta quinta-feira, 30, pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur).
Segundo o documento, 34% dos refugiados ouvidos na pesquisa concluíram o ensino superior, e 3% já cursaram alguma pós-graduação – especialização, mestrado ou doutorado. O índice é maior que o da população brasileira acima de 25 anos, que registra apenas 15% de pessoas que concluíram o mesmo nível de ensino. Dentre os vindos de países não-lusófonos, 92% falam português.
O levantamento foi baseado em entrevista com 497 imigrantes forçados a sair de seus países de origem, que vivem em 14 cidades brasileiras. Dentre os refugiados entrevistados, acima de 18 anos, apenas 14 conseguem aproveitamento dos estudos, os outros têm dificuldade para revalidar o diploma.
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