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SETOR ALGODOEIRO CONSOLIDA AS PRIMEIRAS PREVISÕES PARA 2019/2020

Redação - 29/03/2019 13:45

Com estimativa de produzir 2,8 milhões de toneladas de algodão em pluma, aumento de 31% em relação à safra 2017/2018, o Brasil deve bater dois recordes na safra 2018/2019. O primeiro, consecutivo, em relação ao volume de pluma, ante a marca anterior de 2,1 milhão de toneladas no ciclo passado, e o segundo, nas exportações. A previsão da Câmara é de embarque de dois milhões de toneladas de pluma este ano, contra 1,3 milhões de toneladas da safra anterior.

Se confirmado, o país galgará o posto de segundo maior exportador mundial da fibra, atrás dos Estados Unidos. No mercado interno, o consumo da commodity é de, aproximadamente, 700 mil toneladas e todo o excedente é exportado. Os números do setor algodoeiro foram consolidados na quarta-feira (28/03), durante a primeira reunião da Câmara Setorial do Algodão e derivados do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), que reúne representantes de toda a cadeia produtiva da fibra. A reunião marcou o término do mandato do ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura, à frente do fórum, que aguarda agora a nomeação do novo condutor. A sugestão da Câmara enviada ao Mapa é o presidente da Abrapa para o biênio 2019-2020, Milton Garbugio.

Nos dez estados produtores, a previsão é de incremento de safra, com destaque para o Mato Grosso, responsável por 66% da produção nacional, que plantou um adicional de 300 mil hectares na safra em curso, equivalentes a 36% a mais que no ciclo anterior, chegando a 1,07 milhão de hectares de lavouras. O estado deve colher 1,8 milhão de toneladas de algodão em pluma. A Bahia, segundo maior provedor nacional da fibra, plantou 26% a mais, em uma extensão de 333 mil hectares, com expectativa de colher 629 mil toneladas de pluma. Já Goiás, terceiro maior estado em produção, plantou 42 mil hectares, um incremento de 30% em relação ao ano-safra passado, e espera colher 70,7 mil toneladas.

A área plantada nacional foi de 1,6 milhão de hectares, 31% maior que na safra 2017/2018, com produtividade média de 1770 quilos por hectare, uma ligeira redução de 3% no índice, em relação ao período antecedente. “Esses números colocam o país numa situação de destaque no mercado mundial, fazendo com que o Brasil passe a influenciar na formação do preço da commodity, definido em Nova Iorque. Nos últimos três anos, praticamente dobramos a nossa área plantada, muito em função do mercado, mas também da capacidade do produtor”, explica Arlindo Moura.

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