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MUSEUS CONTAM PARTE IMPORTANTE DE UMA HISTÓRIA DE 470 ANOS

Redação - 28/03/2019 11:50

Até o começo do século XIX, a Bahia era a mais rica capitania e segunda maior cidade do Império Lusitano, atrás apenas de Lisboa, em Portugal. Parte desse imenso patrimônio histórico e cultural está guardado nos 43 museus espalhados primeira capital do Brasil, que completa 470 anos. Essas instituições abrigam um rico acervo de obras variadas, algumas delas produzidas ainda nos tempos do Brasil Colônia. Alguns funcionam em construções históricas, e boa parte é de graça. Seus acervos contemplam pinturas, esculturas, fotografias, documentos, poemas, máscaras, instrumentos, utensílios e outros tipos referências à formação da identidade baiana e brasileira, contribuindo para que o cidadão possa refletir sobre o presente e o futuro.

A maioria dos museus de Salvador abriga coleções permanentes e mostras itinerantes. Entre eles está o Museu de Arte da Bahia (MAB), o mais antigo do estado, e que no ano passado completou 100 anos. Situado no Corredor da Vitória, o casarão do século XIX, de portas altas e largas, logo chama atenção pela sua imponência. O espaço, que por muito tempo serviu de residência para comerciantes, há mais de um século abriga um dos dez museus mais antigos do Brasil. Para o diretor da estrutura, o sociólogo, fotógrafo e mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) Pedro Arcanjo, o lugar preserva a memória cultural e histórica de Salvador e da Bahia. “Temos um acervo com quase 14 mil peças, incluindo uma coleção de pintura sofisticada dos séculos XVIII e XIX, louças e tantas outras riquezas”, disse Arcanjo.

Quem visita o local se encanta com as coleções de pinturas do conselheiro Jonatas Abbott, dos séculos XVII e XVIII, de origem italiana, francesa, flamenga, holandesa, que contam com o quadro da Escola de Caravaggio “David com a Cabeça de Golias”. E o acervo de Francisco Marques de Goés Calmon, que reúne importantes conjuntos de artes decorativas, notadamente as porcelanas orientais e o conjunto de louça que pertenceu a vários representantes da aristocracia brasileira. Nas instalações do MAB, que fica aberto à visitação de terça a sexta, das 13h às 19h, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h,  outros trabalhos comprovam a beleza, o valor e a evolução da arte. As obras de pintores baianos como Presciliano Silva, Alberto Valença e Mendonça Filho também podem ser apreciadas. Logo na entrada, no andar térreo, o público encontra gravuras que remetem a um passeio pela cidade de Salvador no século XIX.

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