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PESQUISA REVELA QUE DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR DIMINUIU ENTE OS HOMENS NEGROS

Redação - 19/11/2018 13:00 - Atualizado 19/11/2018

Segundo uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), em 2017, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), a População Economicamente Ativa (PEA) cresceu em 45 mil pessoas em relação a 2016, ao passar de 1.892 mil pessoas para 1.937 mil. Esse resultado está relacionado relativamente mais ao comportamento da população não negra, ainda que a população negra tenha elevado sua presença no mercado de trabalho da RMS. Entre os não negros houve aumento de 20,8% na força de trabalho, diferindo do que ocorreu em 2016, quando ocorreu redução de 3,4%. Já a população negra, ainda que em proporção bem menor, elevou sua presença no mercado de trabalho pelo segundo ano consecutivo, 3,0% em 2016 e 0,9% em 2017.

Entre os negros, o crescimento da força de trabalho decorreu, principalmente, do aumento da presença dos homens no mercado de trabalho, com acréscimo de 1,2% e, em menor intensidade, do incremento do contingente feminino, que teve um leve aumento de 0,7%. Entre a PEA não negra, a elevação foi maior entre as mulheres (22,4%) que entre os homens (19,2%). O número de pessoas ocupadas na RMS aumentou em 34 mil pessoas em 2017, depois de ter diminuído em 64 mil em 2016. A insuficiência de postos gerados em 2017, frente à demanda por trabalho, levou ao acréscimo de 11 mil pessoas desempregadas, volume bem menor do que o observado em 2016, quando o incremento foi de 111 mil pessoas. O nível de ocupação cresceu mais para os não negros (16,7%) do que para os negros (1,2%) entre 2016 e 2017.

Entre os não negros, o impacto positivo foi maior para as mulheres (18,9% a mais no número de postos de trabalho) que para os homens (14,8%). No contingente negro, o aumento da ocupação beneficiou quase que exclusivamente os homens (2,1%), já que as mulheres mantiveram praticamente estáveis seu nível ocupacional (0,2%). Com crescimento da PEA em proporção superior ao aumento da ocupação, o quantitativo de desempregados na RMS cresceu 2,4% (11 mil pessoas a mais) elevando o número de pessoas nessa condição a 467 mil. Na população negra, o contingente de desempregados praticamente não variou (0,2%). Essa estabilidade resultou do aumento do desemprego para as mulheres negras (2,1%), completando dois anos consecutivos de aumento do desemprego feminino negro, e do declínio do desemprego para os homens negros (-1,9%). Entre os não negros, com variação de 3 36,2% no montante de desempregados, o aumento relativo do desemprego foi intenso para ambos os sexos, 33,6% para as mulheres e 39,4% para os homens.

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