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ENTREVISTA COM JOÃO HENRIQUE CARNEIRO – CANDIDATO AO GOVERNO DO ESTADO

Redação - 27/08/2018 07:00

BE – Candidato um dos maiores problemas que a Bahia tem hoje é a questão da saúde. O sistema de regulação imposta pelo governo do estado não tem sido eficiente e as pessoas estão sofrendo muito nas filas. Qual a sua proposta para melhorar a saúde do estado?

JH- A saúde na Bahia precisa pensar de uma maneira diferente do que está acontecendo hoje. Nós vamos incentivar o investimento nos municípios em Programas Saúde da Família. Veja bem hoje em dias os hospitais e as Upas estão sobre lotadas de casos que poderiam ser evitados se as pessoas tivessem uma atenção básica através de programas de saúde preventivos. Através do governo federal, nós pretendemos criar programas para trazer a saúde básica direto para os municípios. Assim os hospitais públicos ficariam responsáveis apenas pelo atendimento de casos doenças mais graves de médio e grande porte. Hoje o estado tem um valor mínimo que deve ser investido em saúde que é 22%. Nós entendemos que esse valor, caso haja folga no orçamento deve ser ampliado. Mas se você observar, os estados estão tendo dificuldade até de aplicar esses 22%. A crise atingiu forte a arrecadação municipal e estadual. Então é preciso contar com o governo federal e ao lado do nosso candidato Jair Bolsonaro, que lidera todas as pesquisas nós vamos conseguir trazer todos os recursos necessários para a saúde da Bahia ter excelência.

BE- Candidato a oposição ao governador Rui Costa alega que nos quatro anos de governo Rui não inaugurou nenhuma escola nova. Além disso, existem equipamentos escolares que necessitam de reformas. Qual a sua proposta para melhorar a educação do estado?

JH- Esse tema educação é muito importante para a Bahia. Nós entendemos que a integração entre a gestão do governo na educação e a gestão militar deve acontecer. Nós valos militarizar a excelência do ensino militar na educação pública da Bahia. Esse termo militarização ele é muito complicado de ser dito. Nós não vamos transformar a escola num quartel. Queremos é trazer a excelência do ensino militar para o ensino público da Bahia. Um exemplo claro disso é que hoje não se ensina mais os princípios éticos e morais nas escolas publicas. Na minha época na década de 70 eu tinha disciplina de ética e moralidade na escola. Então esses conceitos do militarismo nós vamos trazer para educação. Precisamos formar mais pessoas de bens na escola. Valorizando o homem de bem. Outra questão é a valorização do professor. Na minha gestão como prefeito o professor municipal recebeu 150% de aumento em oito anos de governo. Eu entendo que a profissão de professor é uma das mais importantes do mundo. Eu não seria economista se não fosse meus professores. Na Irlanda, no Japão e muitos país os professores tem lugar de destaque na sociedade. Eu quero trazer isso para o Brasil. O professor tem que ter entusiasmo na hora de ir para sala de aula. Ele tem que se sentir valorizado. Essa é a questão da educação no estado e no país

BE- Candidato a segurança pública na Bahia é um dos assuntos mais questionados. O psol acredita que a desmilitarização da policia é a melhor solução para o combate a violência. Qual a sua proposta para segurança pública?

JH- A segurança pública no estado é um dos fatores mais preocupantes para os baianos. Pesquisa recente aponta que 45% dos baianos querem que a próxima gestão tenham como prioridade a segurança pública. Mais até que a questão do desemprego que tem aproximadamente 15%. A segurança pública tem causas e tem conseqüências e é preciso se entender esses processos de maneira clara. Nosso candidato a presidência Jair Bolsonaro tem esse entendimento. É preciso se investir na Inteligência da Policia. É preciso se ter ação de curto prazo, como instalação de câmaras de segurança para inibir cada vez mais os bandidos de abordarem a população. Transformar a cidade e os municípios num verdadeiro big brother de segurança. Utilizar mais o centro de inteligência do exercito brasileiro. Não estou falando para colocar o exercito para combater o crime. Eu quero é utilizar a inteligência do exercito que é muito boa, para ajudar a população a se sentir mais segura.

BE- Candidato o governo do estado anunciou um grande investimento na área de mobilidade Urbana. O metrô de Salvador é um deles. Porém, a integração proposta pelo governo do estado segundo as concessionárias está dando prejuízo ao sistema. Como o senhor pretende lidar com essa questão?

JH- Essa questão de valores de integração entre metrô e ônibus eu não sei dizer direito como está pois estava trabalhando no setor privado e agora voltando para a vida pública. Mas o que eu posso garantir em termos de mobilidade urbana é que a integração tem que acontecer. Nós não temos mais como garantir um fluxo de pessoas como Salvador se locomovendo sem a integração, Ônibus e metrô. Eu estudei economia no Canadá e no tempo eu pegava quatro conduções todos os dias e pagava uma passagem. Esse é o correto nos grandes países e vai continuar em Salvador quando eu for governador. Em relação ao valor da tarifa o que eu posso falar é que Salvador não pode ter como base as tarifas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro. Nordeste é uma coisa e Centro Sul é outra. Nós vivemos num estado pobre. Essa é a questão. Então o valor da tarifa tem que ser acessível a população. Nós não vamos tolerar que essa tarifa seja acima da capacidade de compra da população. Vamos sentar com as concessionárias e achar um termo para que as empresas possam recuperar os investimentos feitos. Vamos achar uma solução, que pode ser um ajuste no tempo de concessão, dentre outras alternativas. Mas a tarifa tem que ser acessível para população.

BE- A falta do centro de convenções é um problema gravíssimo para o turismo do estado. A prefeitura anunciou um equipamento e o governo tem um projeto de outro no parque de exposições. Na sua gestão o governo do estado vai construir um equipamento?  

JH- Nós vamos procurar a via que seja mais rápida. Veja bem. O importante é Salvador não ficar mais um Centro de Convenções. Esse é um absurdo dos absurdos. Estamos perdendo congressos e eventos para outras capitais do Nordeste. Não podemos continuar assim. O turismo chamado turismo de negócios na Bahia está sofrendo. A falta desses eventos faz a economia sofrer. O turista vem para o congresso de uma semana. Gera emprego, o taxista fica feliz por que ele anda de táxi e de Uber. O dono do restaurante fica Feliz por que ele lota seu estabelecimento. Sem falar na publicidade da cidade. O turista de negócio fala bem de Salvador os congressos voltam no ano seguinte e no seguinte e a capital acaba ficando na rota desses eventos o que é muito bom para economia e para o turismo. Vários outros setores da economia são beneficiados com esses congressos. A prefeitura anunciou um Centro de Convenções também. Mas será que eles vão fazer mesmo ou é só questão política envolvida? Vamos resolver a questão da maneira mais rápida possível. Isso quando eu for governador também será prioridade.

 

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