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ENTREVISTA MARCOS MENDES CANDIDATO DO PSOL NAS ELEIÇÕES

admin - 13/08/2018 07:00 - Atualizado 13/08/2018

BE – Candidato um dos maiores problemas que a Bahia tem hoje é a questão da saúde. O sistema de regulação imposta pelo governo do estado não tem sido eficiente e as pessoas estão sofrendo muito nas filas. Qual a sua proposta para melhorar a saúde do estado?

MM- Essa regulação que o governo Rui Costa propõe é chamada da regulação da morte. As pessoas estão morrendo nas filas dos hospitais. Essa política que o governo do estado adota de inauguração de policlínicas de saúde é basicamente eleitoreira. Se você parar para pensar as policlínicas são equipamentos muito específicos e acabam não atendendo a saúde básica da população. Essa é a nossa proposta. Trabalhar com a saúde preventiva. Cerca de 80% da população baiana não tem saúde preventiva e acaba só procurando médico quando o problema acontece. Nós pretendemos acabar com isso. Nós também pretendemos trabalhar com os Diretórios Regionais de Saúde. Esses diretórios vão trabalhar com os municípios no sentido de ter um atendimento eficiente e mais próximo da população pelo interior do estado. Vamos atender a questão das endemias com a valorização dos agentes e e fiscalizar a atuação dos centros de saúde como hospitais e policlínicas para evitar que eles sejam atingidos pela corrupção.

BE- Candidato a oposição ao governador Rui Costa alega que nos quatro anos de governo Rui não inaugurou nenhuma escola nova. Além disso, existem equipamentos escolares que necessitam de reformas. Qual a sua proposta para melhorar a educação do estado?

MM- O governador passou quatro anos no poder e não construiu nenhuma escola. A educação superior nos pais está sofrendo com um arrocho jamais visto. Foram cortados mais de R$ 200 milhões da educação e o governo do estado investe R$ 209 milhões e propaganda. Então esse é um ponto que nós precisamos debater. O professor universitário precisa ser valorizado. O que nós propomos é que 7% do orçamento de impostos seja colocado na educação. Além disso, 1% seja investido na manutenção do aluno na universidade. Esses pontos hoje são muito pouco trabalhados pelo governo do estado. Nós também pretendemos ampliar o número de campos da UNEB, UESB e da UEFS. Vamos criar mais vagas e vamos criar melhores condições de trabalho.

BE- Candidato a segurança pública na Bahia é um dos assuntos mais questionados. O psol acredita que a desmilitarização da policia é a melhor solução para o combate a violência. Qual a sua proposta para segurança pública?

MM- Nos propomos uma mudança completa no campo da segurança pública. Vamos trabalhar para acabar com a questão do excesso da militarização da policia. Esse modelo não funciona mais. Segurança pública se faz investindo em educação, saúde, cultura, esporte lazer. Não podemos aceitar mais um sistema onde o número de pessoas que morrem vítima dele só cresce. Hoje na Bahia se mata muito e se morre muito. Tem um dado que diz que apenas 6% dos crimes são investigados e apenas 2% deles tem solução. Então vamos trabalhar com a questão do investimento na policia preventiva, qualificando o profissional que investiga os crimes e criando mecanismos para combater o crime preventivamente.

BE- A falta do centro de convenções é um problema gravíssimo para o turismo do estado. A prefeitura anunciou um equipamento e o governo tem um projeto de outro no parque de exposições. Na sua gestão o governo do estado vai construir um equipamento?

MM- A primeira coisa a se fazer é chamar o trade turístico e perguntar. Existe mesmo a necessidade se construir dois centro de convenções tão grandes como esses ai? Se a resposta for sim vamos sentar para resolver a questão. O diálogo é a arma mais correta nesse momento. Vamos observar os projetos e viabilizar aquele que for bom para o setor e for bom para salvador

BE- Candidato o governo do estado anunciou um grande investimento na área de mobilidade Urbana. O metrô de Salvador é um deles. Porém, a integração proposta pelo governo do estado segundo as concessionárias está dando prejuízo ao sistema. Como o senhor pretende lidar com essa questão?

MM- Hoje eu acredito que o sistema de transporte de Salvador como um todo precisa melhorar. Precisamos sentar para discutir essa questão da integração em termos de valores e como a questão é feita. Investir em qualidade. O metrô tinha um projeto inicial e na hora da execução ele foi alterado. Só quem se beneficia dessa mudança são as grandes empreiteiras. Essa questão da tarifa nada mais é do que uma briga entre o poder municipal e o poder estadual. A tarifa foi imposta com uma supervalorização de utilização. Precisamos sentar para debater essas questões. Nosso partido foi o único que falou em tarifa zero no sistema de transporte da capital. Nós queremos incluir esse valor no IPTU para a tarifa do transporte ficar gratuita para população. Mas esse é um assunto que precisa ser debatido para se chegar a um denominador comum.

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