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MENINOS FALAM SOBRE FOME E MEDO QUANDO FICARAM PRESOS EM CAVERNA

Redação - 18/07/2018 10:01 - Atualizado 18/07/2018

Os 12 meninos e o técnico do time “Javalis Selvagens” falaram na manhã desta quarta-feira (18) do medo, da fome e da alegria de encontrar os mergulhadores britânicos durante as duas semanas em que ficaram presos na caverna Tham Luang, na Tailândia. Os meninos, que têm entre 11 e 16 anos, e o técnico, de 25 anos, também fizeram uma homenagem ao mergulhador Saman Kunan, que morreu durante os esforços de resgate, informou o G1.

Ekkapol Chantawong, o técnico, contou que depois de dois dias começaram a sentir mudanças no corpo, já que não comiam nada. “Bebíamos a água que caía das pedras”, disse Pornchai Khamluan, de 15 anos. Diferentemente do que tinha sido divulgado, eles não levaram comida para a cavidade subterrânea.

Sobre a chegada dos dois mergulhadores ingleses, que os encontraram após os nove dias de buscas, Adul Sam-on, de 14 anos, o único a falar inglês no grupo e o primeiro a se comunicar com eles, disse que foi “um milagre” terem sido encontrados e que todos ficaram muito felizes. “Foi um choque. O técnico pediu para mantermos calma”, disse.

O técnico disse que todos concordaram em entrar na caverna em 23 de junho. Eles estavam curiosos sobre o lugar e esperavam sair logo, porque tinham uma festa de aniversário para ir. Mas a água subiu e acabaram ficando presos. Eles buscaram, então, um lugar seguro para passar a noite. Ele afirmou que, no início, eles não estavam tão assustados, porque imaginavam que, ao amanhecer, o nível da água teria baixado, o que não aconteceu. Um dos meninos relatou que tentaram ficar calmos e “pensar em soluções” para sair da caverna. “Tentamos cavar, pensando que não podíamos esperar as autoridades”, mas não adiantou, disse o técnico Ekkapol Chantawong.

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