A pandemia afetou em cheio os profissionais da música e do entretenimento baiano. E para protestar contra a falta de projetos das iniciativas públicas que visem apoiar os trabalhadores do segmento, entidades farão no dia 4 de fevereiro uma paralisação batizada de “Dia do silêncio”. A informação foi confirmada nesta sexta-feira, 21, pelo Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado (Sindimúsicos Bahia).
Em entrevista ao Bahia Econômica, o diretor de relações institucionais do Sindicato, Sidney Zapatta, disse que o movimento visa chamar a atenção do governo do estado para a necessidade de adoção de estratégias que permitam aos músicos trabalhar no período do Carnaval. Nesta sexta-feira, o governo publicou o decreto que reduz de 3 mil para 1.500 pessoas o público máximo permitido em eventos de qualquer tipo na Bahia.
“A manifestação é para mostrar a nossa insatisfação. Não somos contra as medidas de enfrentamento da Covid-19, mas precisamos pensar alternativas para a sobrevivência dos músicos do estado. A gente elaborou planos como a realização de lives e eventos com pouca plateia e público controlado, mas precisamos que isso saia do papel”, diz Zapatta.
Das reuniões feitas com os órgãos estaduais da área do turismo e entretenimento, o diretor disse que recebeu o retorno da pouca inclinação do governador Rui Costa para a aprovação de eventos que envolvem públicos presenciais, dada a situação do surto de gripe e alta de casos da Covid-19 no estado. Por isso, para os próximos dias, o Sindicato espera ter um posicionamento sobre a realização de formatos que possam acontecer em ambiente virtual.
Zapatta acrescenta que medias como a adoção de auxílio emergencial para o setor é paliativa, pois não consegue garantir a sobrevivência econômica e o trabalho dos músicos do estado. “A situação fica ainda preocupante ao pensar que o enfrentamento da pandemia deve durar três, quatro, cinco anos”, conclui.
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