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PORTUGAL E URUGUAI DECIDEM A SEGUNDA VAGA NAS QUARTAS DA RUSSIA

Redação - 30/06/2018 13:14

A seleção portuguesa ainda não empolgou neste Mundial. Com uma vitória e dois empates na fase de grupos, os lusos quase viram a vaga escapar em chute de Taremi, nos acréscimos da partida contra o Irã. A bola bateu na rede pelo lado de fora e impediu a virada histórica, além da consequente eliminação precoce dos atuais campeões europeus.

No dia em que nada deu certo para Cristiano Ronaldo, Portugal expôs ainda mais a dependência no craque do Real Madrid. Os comandados de Fernando Santos sofreram para marcar e conseguir segurar o empate contra o Irã. A derrota seria fatal. Agora, diante de um ataque mais robusto e experiente, o treinador português ressaltou que é preciso maior força coletiva para bater os sul-americanos.

Após marcar contra o Irã, Quaresma deve ser mantido no time titular. Ele e João Mário devem ser os principais articuladores para fazer a bola chegar no ataque comandado por Cristiano Ronaldo. Gonçalo Guedes e André Silva disputam a outra vaga ao lado do melhor do mundo. Guedes pode dar maior mobilidade ao time, enquanto André Silva atua mais como referência e forma parceria artilheira com CR7. Como ambos ainda não deslancharam nesta Copa, a peça será escolhida de acordo com a estratégia traçada para envolver o forte sistema defensivo uruguaio.

Na defesa, não há dúvidas. Serão mantidos os mesmos jogadores das três partidas iniciais da Copa. Depois de sofrerem quatro gols na primeira fase, o duelo contra Suárez e Cavani será ainda mais desafiador. O atacante do Barcelona tem dois gols e o do PSG tem um. Para a partida, o principal problema será a bola parada uruguaia. Todos os cinco gols no Mundial da Rússia nasceram assim.

O Uruguai chega às oitavas de final com 100% de aproveitamento na fase de grupos, com direito a goleada por 3 a 0 sobre a Rússia, dona da casa e até então embalada por duas vitórias confortáveis. O time de Óscar Tabárez marcou cinco gols e não levou nenhum – é a única defesa intacta das 32 seleções do Mundial.

A Celeste demonstra um equilíbrio entre os setores raro nos últimos anos, quando abusava de ligações diretas para seus eficientes goleadores, por falta de criatividade. Em 2018, Tabárez rejuvenesceu o meio-campo e encontrou o time ideal, com plena capacidade para bater Portugal de CR7. O próprio esquema pode variar – como já variou – para se adaptar ao rival em questão.

A defesa é crucial para a mudança de perspectiva do Uruguai. A eficiência pode ser comparada à do ataque – o que é bastante coisa, no caso. O entrosamento entre Godín e José Giménez, que atuam juntos no Atlético de Madrid, já se tornou mais do que natural. Giménez anotou o gol da vitória sobre o Egito, na estreia, mas ficou fora do duelo com a Rússia, por conta de um estiramento muscular na coxa direita. O zagueiro de 23 anos se recuperou, realizou atividades com o grupo e vai aguardar até momentos antes da partida para saber se será titular. Caso não jogue, Coates assume o posto. Nas laterais, Varela – que barrou a figurinha carimbada Maxi Pereira – e Cáceres vão dando conta do recado.

Nos três jogos, o meio-campo contou com Vecino e Bentancur, volantes mais jovens, técnicos e menos “brucutus”. Torreira, 22 anos, foi titular contra a Rússia, no único jogo em que Tabárez optou por passar do 4-4-2 para o 3-5-2, com três volantes – o que funcionou muito bem. As pontas foram bem preenchidas pelo vigor físico de Laxalt, Arrascaeta e Nández, que oxigenam o setor e são variáveis interessantes aos veteranos Carlos Sánchez e Cristian Rodríguez. Resultado: a saída de bola é qualificada, e a transição, mais veloz para chegar aos atacantes.

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