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PANORAMA DO MERCADO : ALTA VOLATILIDADE

Redação - 04/06/2018 08:00 - Atualizado 20/07/2018

Tivemos a terceira semana seguida de queda para a bolsa brasileira, a realização de segunda-feira foi muito forte e nem mesmo o movimento de recuperação dos outros três pregões foi suficiente para livrar o Ibovespa de uma desvalorização de -2,10%.

No Brasil, a greve dos caminhoneiros começou perder força ajudando a estabilizar a situação logística do país, mas outras consequências relevantes da grave vieram a tona quando o presidente da Petrobras anunciou sua saída da companhia, levando as ações da empresa a expressiva desvalorização -18,38% na semana. No cenário econômico, a divulgação do PIB, apresentando avanço de 1,2% na comparação anual, mostrou que a nossa economia vem se recuperando a um ritmo mais lento que o esperado. O dado sugere que dificilmente o ano de 2018 atinja as expectativa anteriores, que projetavam crescimento superior a 2,5% em 2018. Lembrando que nas próximas divulgações ainda teremos o impacto da greve dos caminhoneiros e o reflexo de um Governo que já se mostra incapaz de colocar a economia nos trilhos, no final do seu mandado. Al&eacu te;m disso, vale destacar a volatilidade adicional gerada por uma disputa eleitoral que foi realçada pela greve, está bastante polarizada, sem nenhum franco favorito despontando e deve começar a crescer a cada semana

Nos EUA, os dados econômicos continuam fortes com o PIB avançando 2,2% no primeiro trimestre, no comparativo anual, o crescimento foi saldável, mas ainda aquém das promessas de Trump de crescer a uma taxa de 3%, impulsionado pelo plano de incentivos fiscais. Os dados de emprego divulgados na sexta-feira, reforçaram o ritmo acelerado da atividade econômica com a criação de 223 mil vagas em maio. As bolsas americanas reagiram positivamente aos resultados, ou seja, o movimento da nossa bolsa tem sido causado pelo nossos problemas, não pelo cenário internacional.

Na semana que se inicia, no Brasil, o destaque será o desenrolar da crise na Petrobras. Nos EUA, a divulgação de diversos indicadores econômicos vão ajudar o mercado a tentar antecipar os próximos passos do FED sobre a taxa de juros, já se especula que a autoridade monetária possa fazer somente três aumentos esse ano, ante o esperado de quatro.

 

Momento do Mercado

O movimento de queda continuou tão forte que o Ibovespa passou direto pela média móvel de 200 dias e pelo suporte dos 76,8 mil pontos, só encontrado um “possível” novo suporte (ainda precisa ser confirmado) nos de 75,3 mil pontos. Nesse patamar, a volatilidade aumentou muito, levando o Ibovespa a fortes oscilações. O cenário está bastante arriscado e o movimento só voltará a ficar favorável para a recuperação, caso uma nova tendência de alta seja formada.

Caso o suporte dos 75,3 mil pontos seja perdido, o próximo objetivo de queda estará nos 72,3 mil pontos.

Caso o repique de alta continue, o primeiro objetivo do movimento estará na máxima da semana passada nos 78,6 mil pontos, o segundo estará nos 83 mil pontos.

 

Lucas Leal

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