Tivemos a segunda semana seguida de forte realização para a bolsa brasileira, o pessimismo contagiou os mercados levando o Ibovespa a uma realização de -5,04%.
No Brasil, a situação extrema provocada pela greve dos caminhoneiros mostrou que o Governo Temer perdeu a capacidade de articulação e Governabilidade, exatamente um ano após as graves acusações levantadas contra o presidente, por Joesley, dirigente da JBS. Ainda está difícil de prever quanto tempo vai durar e qual será o tamanho do impacto dessa confusão sobre a inflação e a economia, mas o estrago será grande e terá importantes repercussões nas configurações políticas para cenário eleitoral que se aproxima, o que vai acarretar ainda mais volatilidade para os mercados. As ações da Petrobras, que está no centro dessa crise, caíram -22,65% na semana. No campo econômico, vale destacar que a divulgação da Ata do Copom mostrou que o Banco Central decidiu manter o juros por entender que um choque externo poderia pressionar a inflação. A ata, aparentemente, foi bem recebida pelo mercado, mas vale destacar que a autoridade monetária precisa reestabelecer a confiança, o quanto antes.
Nos EUA, a ata da reunião do FED sinalizou que o Banco Central deve subir a taxa de juros na reunião de junho, mas sinalizou que não teve ter pressa para elevar o juros de forma agressiva, inclusive aceitando que a inflação supere a meta temporariamente.
Na semana que se inicia, no Brasil, teremos a divulgação do PIB, mas o destaque deve ser o desenrolar da crise que estamos envolvidos. Nos EUA, serão divulgados os dados de emprego e do PIB.
Momento do Mercado
Durante a semana, o suporte dos 82 mil pontos foi perdido, acelerando o movimento de queda rumo ao suporte dos 78 mil pontos (Média Móvel de 200 dias).
Caso esse patamar também seja perdido, o próximo suporte estará no patamar de 76,8 mil pontos.
Caso a média móvel seja respeitada o Ibovespa pode fazer um movimento em V rumo aos 83 mil pontos.
Lucas Leal
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