Economistas das instituições financeiras elevaram a previsão para o déficit primário das contas públicas neste ano para R$ 138,543 bilhões. A previsão está no mais recente levantamento feito pelo Ministério da Fazenda, divulgado nesta quinta-feira (17) dentro do chamado “Prisma Fiscal”. No levantamento anterior, divulgado em abril, os economistas previam que o rombo das contas públicas neste ano ficaria em R$ 136,103 bilhões.
Apesar da piora, a estimativa do mercado financeiro é inferior à meta para o resultado das contas públicas que o governo precisa perseguir neste ano, e que está autorizada pelo Congresso: rombo de até R$ 159 bilhões. Isso significa, portanto, que os analistas creem que o governo vai conseguir cumprir a meta fiscal de 2018.
Para 2019, o mercado financeiro baixou de R$ 107,304 bilhões para R$ 105,929 bilhões a previsão para o rombo das contas públicas. A nova estimativa segue abaixo da meta fiscal do governo para o ano que vem, de déficit primário de até R$ 139 bilhões.
Se o cenário para as contas públicas previsto pelo governo se concretizar, serão pelo menos oito anos consecutivos com as contas públicas no vermelho. O governo vem registrando déficits fiscais desde 2014. Em 2015, o rombo, de R$ 114,9 bilhões, foi recorde e gerado, em parte, pelo pagamento das chamadas “pedaladas fiscais” – repasses a bancos oficiais que estavam atrasados e que, em 2016, somaram R$ 154 bilhões. No último ano, o pagamento somou R$ 124 bilhões. Para 2018, 2019, 2020 e 2021, a meta é de rombos bilionários nas contas públicas. A previsão da equipe econômica é que as contas voltem ao azul somente a partir de 2022.