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POLÍCIA FEDERAL INDICIA TEMER E FILHA POR CORRUPÇÃO PASSIVA E LAVAGEM DE DINHEIRO

Redação - 16/10/2018 20:26

A Polícia Federal finalizou a investigação sobre propina recebida pelo presidente Michel Temer em troca de beneficiar empresas do setor portuário. No relatório final, a PF indiciou o atual presidente e sua filha Maristela por corrupção passiva , lavagem de dinheiro e organização criminosa , além de outros acusados. Agora, o material será encaminhado à procuradora-geral da República Raquel Dodge, que deverá decidir se oferece denúncia contra o presidente com base nesses fatos.

O relatório final afirma que Temer usou empresas do coronel reformado da PM João Baptista Lima, amigo do presidente, para receber propina da empresa Rodrimar por meio de uma complexa engenharia financeira envolvendo repasses a empresa de fachada ligada ao coronel. Ambas as empresas são concessionárias de áreas do porto de Santos.

Aberta em setembro de 2017, a investigação envolveu medidas incisivas, como a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da República. Segundo o relatório, as empresas do coronel Lima teriam servido de captadoras da propina junto às empresas. Parte dessa propina teria sido repassada a Temer por meio do pagamento de reformas imobiliárias — o coronel Lima atuou na reforma de uma casa de 350 m² de Maristela Temer em 2014. Temer, por sua vez, disse que jamais recebeu pagamentos indevidos e que o coronel não recebia dinheiro em seu nome.

Caso Dodge ofereça nova denúncia, será a terceira contra o emedebista no exercício do cargo de presidente. Temer já havia sido denunciado duas vezes pelo antecessor de Dodge, Rodrigo Janot, em casos envolvendo a delação do grupo J&F (dono da JBS), mas o Congresso Nacional barrou a abertura de ação penal contra o presidente.

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