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25 ANOS DA MORTE DE RENATO RUSSO: RELEMBRE CARREIRA E VIDA DO CANTOR

Redação - 11/10/2021 15:10 - Atualizado 11/10/2021

Há 25 anos, a voz marcante, poética e profunda de Renato Russo se calava. O cantor e compositor, dono de músicas como Eduardo e Mônica, Ainda é Cedo e Pais e Filhos, morreu precocemente aos 36 anos, em 11 de outubro de 1996, após uma longa carreira na banda Legião Urbana e, principalmente, com uma vida repleta de momentos marcantes.

Mesmo com essas mais de duas décadas de ausência, Renato ainda é celebrado por conta de suas músicas com letras fortes, que falam com vários públicos. É a indignação de Que País É Este, o grito sufocado de Pais e Filhos, a história de amor com pessoas comuns de Eduardo e Mônica ou, ainda, a epopeia amorosa-musical de Faroeste Caboclo.

Apesar de ser conhecido como um ícone do rock de Brasília, Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro, em 27 de março de 1960. Morou por lá até os seis anos, na Ilha do Governador, zona norte da cidade, quando se mudou com a família para Nova York. Foi apenas em 1973, bem no início da adolescência, que Renato chegou em Brasília com sua família. Até entrar de vez no mundo da música, fez de tudo um pouco: estudou inglês e, logo depois, se tornou professor do idioma. Além disso, trabalhou como locutor numa rádio, apresentando programas de jazz e sobre os Beatles.

Aos 15 anos, em Brasília, Renato passou por um momento difícil ao ser diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Para o tratamento, precisou implantar três pinos de platina na bacia e, depois, passou por uma recuperação difícil: ficou seis meses de cama quase sem se movimentar e a recuperação dos movimentos durou mais de um ano e meio.

Foi justamente nesse período de recuperação que Renato teve a ideia de aposentar o Manfredini e adotar o nome artístico Renato Russo. Segundo ele próprio, foi homenagem ao inglês Bertrand Russell e aos franceses Jean-Jacques Rousseau e Henri Rousseau.

Cinco anos depois de chegar na capital brasileira, em 1978, Renato Russo conheceu Fê Lemos. Esse encontro foi a semente que faltava para começarem uma banda: Aborto Elétrico. Com clara influência do punk rock americano, a banda conseguiu certo reconhecimento na região de Brasília, integrando o Turma da Colina, movimento de bandas do Planalto Central criadas durante esse período. Mas uma briga entre Renato Russo com Fê Lemos acabou colocando um ponto final no grupo e abrindo espaço para o Legião.

Com o fim precoce do Aborto Elétrico, Renato Russo se juntou a Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná e Paulo Guimarães – e posteriormente com Dado Villa-Lobos assumindo a guitarra do grupo – para formar a banda Legião Urbana, em 1982. Nessa década, eles lançaram algumas das músicas mais tocadas em rádios no período, como Será, de 1985; Eduardo e Mônica, de 1986; Que País é Esse, de 1987; e Pais e Filhos, de 1989. Assim, rapidamente, a banda saiu da capital federal e ganhou reconhecimento em todo o território nacional.

O único filho de Renato Russo é Giuliano Manfredini, fruto de um envolvimento do cantor e compositor com uma fã, Raphaela Manuel Bueno. Ela teria engravidado de Renato no começo do relacionamento dos dois, mas não teve contato com o vocalista do Legião Urbana durante a gestação. Voltou na vida de Renato apenas quando Giuliano já estava com três meses. Por conta da morte de Renato e da mãe, vítima de um acidente de carro, Giuliano Manfredini acabou sendo criado pela família de Renato até a sua maioridade.

Renato Russo morreu na madrugada de 11 de outubro de 1996 por conta de doença pulmonar obstrutiva crônica, septicemia e infecção urinária – consequências da aids. Renato tinha HIV positivo desde 1989, mas nunca assumiu publicamente a doença.

Foto: Instagram

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