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CIDADES DO BRASIL TERÃO 2 DIAS DE SOL SEM SOMBRAS EM 2026; ENTENDA

João Paulo - 29/12/2025 06:59

Imagine caminhar sob a luz do dia e, subitamente, perceber que objetos verticais não projetam sombras no chão. Esse fenômeno astronômico, batizado no Havaí como Lāhainā Noon, ocorre quando o sol atinge o ponto mais alto do céu, incidindo exatamente a 90 graus sobre a superfície terrestre. O evento é exclusivo de regiões localizadas entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. Nessas áreas, a interação entre a inclinação da Terra e a órbita solar permite que, em momentos específicos, os raios caiam de forma perfeitamente vertical, eliminando temporariamente as silhuetas escuras de postes, prédios e pessoas.

No Brasil, o fenômeno é popularmente chamado de “sol a pino”. Devido à vasta extensão tropical do país, cidades como Manaus, Belém e Brasília experimentam essa ausência de sombras em dois períodos distintos do ano. O efeito visual gera uma sensação de “suspensão” no tempo, como se os objetos estivessem flutuando ou inseridos em um cenário sem profundidade. No Havaí, o Lāhainā Noon costuma ocorrer no final de maio e em meados de julho. Culturalmente, o termo havaiano remete ao sol cruel ou escaldante, sendo celebrado como uma homenagem à força da natureza e ao posicionamento máximo do astro-rei.

Implicações científicas e visuais

Para a ciência, o fenômeno é um marcador preciso da relação entre luz e clima. Observar o sol em seu zênite exato auxilia pesquisadores a entenderem melhor os padrões de radiação solar em cada latitude.

Zênite: Ponto exatamente acima da cabeça do observador.

Duração: O efeito de “sombra zero” dura apenas alguns minutos, enquanto o sol cruza o ponto central.

Visibilidade: É mais perceptível em objetos cilíndricos perfeitamente retos, como postes de luz.

Além do aspecto educacional, o Lāhainā Noon atrai fotógrafos e entusiastas da astronomia que buscam registrar a estética surrealista de um mundo momentaneamente sem sombras.

 

Foto: Valter Campanato | Agência Brasil

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