segunda, 22 de dezembro de 2025
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ALEXANDRE DE MORAES TERIA PROCURADO GALÍPOLO PARA FAZER PRESSÃO EM FAVOR DO BANCO MASTER

Matheus Souza - 22/12/2025 14:58

Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pelo menos quatro vezes para fazer pressão em favor do Banco Master.

Na coluna publicada hoje, a jornalista afirma que o ministro realizou pelo menos três contatos por telefone e um pessoalmente para conversar sobre os problemas do banco de Daniel Vorcaro com Galípolo.

Os relatos sobre as conversas foram feitos à equipe do blog por seis fontes diferentes nas últimas três semanas. Uma delas ouviu do próprio ministro sobre o encontro com Galípolo, e as outras cinco souberam dos contatos por integrantes do BC.

Na versão desses integrantes, Moraes fez pelo menos três ligações para saber do andamento da operação de venda para o BRB e, em julho deste ano, pediu que o presidente do BC fosse ao seu encontro.

Na conversa, Galípolo respondeu a Moraes que os técnicos do BC tinham descoberto as fraudes no repasse de R$ 12,2 bilhões em créditos do Master para o BRB. Diante da informação, segundo os relatos, o ministro teria reconhecido que, se a fraude ficasse comprovada, o negócio não teria mesmo como ser aprovado.

Em 18 de novembro, enquanto a Polícia Federal prendia Vorcaro e outros seis executivos acusados de envolvimento com as fraudes, o BC decretou a liquidação extrajudicial do Master.

Procurados pelo jornal, nem Moraes nem o presidente do BC quiseram comentar.

Segundo o blog, o escritório da mulher do ministro, Viviane Barci de Moraes, tem um contrato de prestação de serviços com o Master que previa o pagamento de R$ 3,6 milhões mensais durante três anos a partir de janeiro de 2024, que renderia cerca de R$ 130 milhões no total.

O documento estipulava que a missão do Barci de Moraes Associados era representar os interesses do Master e de Daniel Vorcaro junto ao Banco Central, à Receita Federal, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao Congresso Nacional.

Mas, segundo informação prestada via Lei de Acesso à Informação pelo Cade e pelo BC, nenhuma das instituições recebeu qualquer pedido de reuniões, petições ou quaisquer documentos do escritório em favor do banco de Vorcaro.

 

Com informações do jornal O Globo*

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