O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou ontem (18), durante visita à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), que confia na construção de uma solução consensual para o impasse em torno da chapa majoritária de 2026, especialmente na disputa pelas duas vagas ao Senado, atualmente pretendidas por Angelo Coronel (PSD), Jaques Wagner (PT) e Rui Costa (PT). Ao reconhecer a complexidade do cenário, Jerônimo disse acreditar que o diálogo será conduzido no momento adequado. “Eu sei esperar o tempo. Se eu pudesse, eu teria resolvido isso. A gente já estaria em campo anunciando toda a nossa chapa completa”, afirmou. Segundo ele, a prioridade do grupo é fortalecer o projeto político para o próximo ciclo eleitoral, com foco na ampliação das bancadas estadual e federal.
“O objetivo é aumentar a bancada estadual, a bancada federal, mantendo esses que aqui estão trabalhando dia e noite. Nós vamos encontrar uma saída, eu não tenho dúvida disso”, disse. O governador também destacou a necessidade de preservar a unidade da base aliada e evitar desgastes públicos. “A gente nunca trabalhou de forma que expuséssemos ninguém e não vai ser agora”, pontuou. Jerônimo citou lideranças do campo governista para reforçar a construção coletiva da chapa. “Quem caminha com o senador Otto Alencar, com Lídice da Mata, quem caminha com Jaques Wagner e Rui Costa, a gente vai encontrar a saída”, afirmou, ao defender uma composição que contemple as diferentes forças aliadas.
Apesar de demonstrar urgência na definição, o governador afirmou que não pretende antecipar uma decisão sem consenso. “Eu tenho pressa, mas eu tenho entrega para fazer. Não gostaria e nem quero chegar até lá [março], mas, se precisar, a gente vai até o último dia”, declarou. Na ocasião, Jerônimo reiterou a expectativa de anunciar uma chapa construída por meio do diálogo. “Quero muito chegar anunciando a vocês que a chapa foi construída com equilíbrio e que tenha a capacidade de garantir todas as forças presentes. Vamos conseguir”, completou.
À imprensa, o governador Jerônimo voltou a se defender das críticas após a aprovação do 23º empréstimo, avaliado em R$ 720 milhões, pela ALBA. Provocado, o chefe do Palácio de Ondina pontuou a “boa saúde financeira” do Estado e a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Executivo para justificar a quantidade de operações de crédito. “Eu jamais enviaria um pedido para a Assembleia se a minha Secretaria da Fazenda não me apresentasse contas para poder tomar o adiantamento desses empréstimos. Nós estamos fazendo pavimentações de estradas, hospitais, creches e escolas. Isso é fruto dos empréstimos. Se eu não tivesse solicitado essa ajuda à Assembleia para me ajudar nos empréstimos, eu não estaria aqui hoje celebrando [as entregas]”, disse, durante evento que autorizou convênios para obras em diversos municípios baianos no auditório Jorge Calmon, na ALBA.(TB)
Foto: Joá Souza/GOVBA
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