

Oito suspeitos de integrar uma rede criminosa dedicada à grilagem e ao comércio irregular de imóveis em Feira de Santana tiveram a prisão preventiva decretada. De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), o grupo se apropriava de terrenos de forma ilegal, usando ameaças, violência e falsificação de documentos, além de comercializar propriedades com registros imobiliários adulterados.
As detenções foram autorizadas pela Justiça após solicitação do MP-BA. A apuração teve início a partir de uma denúncia detalhada que apontava um esquema envolvendo empresários do setor da construção, policiais civis e militares, funcionários de cartório e advogados. O caso é conduzido com o apoio do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).
Segundo o órgão, a organização era estruturada em três frentes principais:
O MP destaca que o esquema operava com alto nível de organização, estabilidade e capacidade de reiterar os crimes.
Além das oito prisões preventivas, a Justiça impôs medidas cautelares a outros 11 investigados, entre elas: comparecimento periódico ao Judiciário, proibição de acessar cartórios, restrições de deslocamento e impedimento de contato com testemunhas. Três integrantes dos núcleos cartorário e jurídico também deverão usar tornozeleira eletrônica. Houve ainda suspensão de funções públicas e vedação ao exercício de atividades no ramo imobiliário e na advocacia para os investigados em posições sensíveis.
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