Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta terça-feira (2), após interromperem uma sequência de cinco altas na véspera. O movimento reflete a retomada da aversão ao risco alimentada por persistentes temores com a inflação, avaliações esticadas e novas dúvidas sobre o retorno do investimento em inteligência artificial. Por outro lado, os investidores estão otimistas de que o Federal Reserve (Fed) cortará a taxa de juros na semana que vem. Os mercados precificam uma probabilidade de 87,6% de um corte durante a próxima reunião, o que é muito maior do que as probabilidades de meados de novembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME .
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, dados divulgados na segunda-feira mostraram que a atividade industrial caiu em novembro no maior ritmo em quatro meses, com a diminuição dos pedidos. O Fed receberá uma leitura defasada de seu indicador de inflação preferido antes da decisão sobre a taxa de juros na próxima semana. O relatório, previsto para sexta-feira, deverá mostrar que as pressões inflacionárias estão estáveis, porém persistentes. Contudo, o debate provavelmente se concentrará principalmente no mercado de trabalho quando os formuladores de políticas se reunirem para a decisão sobre a taxa de juros. Além dos dados de inflação de sexta, outros dados relevantes desta semana incluem os números da pesquisa ADP para novembro e uma leitura preliminar da confiança do consumidor em dezembro.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
Ásia-Pacífico
Os mercados da Ásia-Pacífico subiram em sua maioria, recuperando-se da onda de vendas de segunda-feira, que viu as criptomoedas liderarem as quedas nos ativos de risco globais. Os títulos do governo japonês avançaram após um leilão de 10 anos, muito aguardado, que atraiu forte demanda. Na Coreia do Sul, as ações de montadoras também subiram, depois que o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, confirmou que as tarifas americanas mais baixas de 15% sobre os automóveis sul-coreanos entrariam em vigor retroativamente, a partir de 1º de novembro.
Europa
Os mercados europeus operam sem direção única, enquanto os mercados regionais continuam a ter dificuldades para ganhar impulso em dezembro. O Banco da Inglaterra não confirmou cortes de juros em dezembro, mas economistas acreditam que isso deve ocorrer diante da desaceleração da inflação, reforçada pelas medidas recentes do Orçamento de Outono, além do crescimento fraco e da piora no mercado de trabalho. No setor corporativo, a alemã Bayer conseguiu apoio do governo Trump para tentar limitar processos nos EUA envolvendo o herbicida Roundup, alvo de milhares de ações que alegam riscos à saúde, inclusive câncer, e que já renderam bilhões de dólares em indenizações.
Commodities
Os preços do petróleo operam em alta, enquanto investidores avaliavam os riscos decorrentes dos ataques de drones ucranianos a instalações de energia russas, das crescentes tensões entre os EUA e a Venezuela e das expectativas mistas em relação aos estoques de combustível norte-americanos. As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, com a demanda por infraestrutura e o consumo estável de aço compensando os dados econômicos fracos da segunda maior economia do mundo.
Bitcoin
(Com Reuters e Bloomberg)
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