sexta, 28 de novembro de 2025
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PRIORIDADE DO PL É VOTAR ANISTIA APÓS PRISÃO DE BOLSONARO, AFIRMA JOÃO ROMA

Bruna Carvalho - 28/11/2025 08:44

O presidente do PL na Bahia, João Roma, afirmou nesta quinta-feira (27) que a principal prioridade do partido é pautar a votação da anistia no Congresso Nacional. Segundo ele, o tema ganhou centralidade após a prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bolsonaro passou a cumprir pena de 27 anos e 3 meses na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, após ser condenado por liderar organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado. Antes, já estava em prisão preventiva desde sábado (22), quando tentou violar a tornozeleira eletrônica.

Durante entrevista à rádio Antena 1, Roma afirmou que discussões sobre formação de chapas para 2026 não estão no radar da legenda. “Houve muitos nomes [que se apresentaram como nomes da direita]. Esse movimento ocorre já há algum tempo. Além de Tarcísio e Ratinho, existem movimentações de Caiado, Zema, nomes que vêm se colocando, mas efetivamente dentro do partido, durante essa semana, o foco não foi discutir sucessão”, declarou.

Segundo o dirigente, a sigla está concentrada em articular votos na Câmara e no Senado e em organizar mobilizações diante do impacto político da prisão do ex-presidente. “O foco foi discutir as ações que devem ser efetivadas, visando votação na Câmara e no Senado sobre o processo de anistia e mobilizações acerca desse impacto efetivado com a prisão do presidente Bolsonaro, que já estava preso na sua residência e agora foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal”, afirmou.

Roma disse ainda que a situação elevou a tensão no Congresso. “Quando ocorreu nesta semana a consolidação dessa prisão, o assunto se tornou efetivamente número um, e acho difícil desenvolver outros trabalhos no Legislativo sem que haja uma resposta”, observou.

Ele também classificou Bolsonaro como alvo de perseguição política. “Um grau de perseguição muito grande junto dele e de sua família, em um processo em que todos verificam um passionalismo alto com medidas perversas”, avaliou.

Para Roma, o momento é institucionalmente delicado no país. “Esse debate [sobre a anistia] tem sido de fato acalorado e, naturalmente, com os episódios últimos que foram a condenação no Supremo Tribunal Federal e a efetivação da prisão, isso amplia essa temperatura aqui em Brasília”, afirmou.

“Há muitas reuniões, movimentações. O que ocorre em plenário a população toda verifica e, de fato, já houve momento em que esteve mais perto essa votação, momento em que esteve mais distante, mas agora há um grau de tensão maior”, completou.

Foto: Divulgação

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