A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou possíveis irregularidades no envio de emendas parlamentares do deputado baiano Raimundo Costa (Podemos), que teriam beneficiado uma federação presidida por ele e uma empresa ligada ao seu ex-chefe de gabinete. O caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), para análise do ministro Flávio Dino.
Segundo a auditoria, há risco de conflito de interesses na destinação das emendas à Federação dos Pescadores e Aquicultores do Estado da Bahia (Fepesba), além de suspeita de superfaturamento em um serviço contratado com recursos públicos. A empresa de arquitetura e engenharia ligada ao ex-chefe de gabinete foi contratada para uma obra orçada em R$ 745 mil, mas a federação pagou cerca de R$ 596 mil.
O relatório aponta que, entre 2022 e 2025, Raimundo Costa destinou R$ 17,2 milhões para a Fepesba, entidade da qual já foi presidente. A auditoria investigou especificamente o repasse de R$ 4,36 milhões para a reforma de 32 colônias de pescadores na Bahia.
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