As exportações baianas cresceram 6,7% em junho, ante mesmo mês de 2017, alcançando US$ 671,7 milhões, apesar de ainda estar sob o efeito da greve dos caminhoneiros, que afetou os embarques nos dez primeiros dias de junho. As importações registraram queda de 9,6%, atingindo US$ 516,2 milhões, reflexo da baixa atividade econômica.
Em junho, puxaram as exportações, os embarques de produtos químicos (+33%), derivados de petróleo (+148%), metalúrgicos (+116%) e automóveis (+22%), sempre comparados a junho de 2107. Todos tiveram forte elevação nos seus preços médios e somente os químicos não elevaram seus embarques físicos. Retrocederam as vendas de soja (-35%), celulose (-1%) e cacau e derivados (-9%).
No semestre, as exportações baianas chegaram a US$ 3,74 bilhões (aumento de 2,2% ante o mesmo período do ano anterior) e importações de US$ 3 bilhões (queda de 12,9%). As vendas externas vêm desacelerando, resultado do esfriamento do comércio mundial e de uma redução do crescimento da demanda internacional em meio às incertezas de uma guerra comercial global e do aumento do protecionismo. O crescimento cada vez menor das exportações em 2018 vem ocorrendo de forma marginal, via valorização dos produtos – em média de 17,5% – principalmente petróleo, químicos, minerais e metais, já que o volume embarcado teve redução de 13,1% no período.
As importações, ao contrário do que ocorre no plano nacional, não decolam por conta da lenta recuperação da economia. No semestre, houve aumento positivo nas compras de bens de capital (máquinas e equipamentos), em 19%, principalmente veículos de carga, painéis solares, máquinas para indústria de panificação e moduladores, o que significa investimento das empresas em capacidade produtiva. Também cresceu as compras de bens de consumo em 14%, com destaque para automóveis.
Com os resultados apurados até no primeiro semestre, a Bahia acumula um superávit de US$ 745,6 milhões em sua balança comercial, enquanto que a corrente de comércio exterior (soma das exportações e importações) atingiu US$ 6,74 bilhões, 5,2% inferior ao mesmo período de 2017. As informações foram divulgadas hoje (11) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).