

Os moradores da região do Centro Histórico de Salvador vão receber uma área de lazer com praças, parque infantil e um cinema ar livre. Isso que prevê o Plano Pilar, iniciativa da Prefeitura de Salvador, junto pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), que pretende renovar a região de cerca de 500 moradores. O projeto inclui ainda a restauração de 21 casarões antigos.
O projeto tem como objetivo de exibir filmes uma vez por semana, projetado em uma parede, que servirá como telão ao ar livre, e o Boca de Brasa cuidará da curadoria da programação.
Segundo Tânia Scofield, presidente da FMLF em entrevista ao Bahia Econômica “Durante os diálogos que tivemos com os moradores, eles nos contaram que não vão ao cinema e queriam ter um. O plano é que seja um cinema aberto, com projeções em um paredão no Pilar”, explicou.
O projeto foi apresentado no Auditório do Arquivo Público da Bahia e está em fase final de elaboração técnica.
Além das ações culturais, o Plano Pilar inclui a restauração de 21 casarões históricos, melhorias na infraestrutura local e criação de espaços públicos de lazer. De acordo com dados da Prefeitura, 82% dos imóveis do bairro estão ocupados, enquanto o restante encontra-se em ruínas ou com sérios problemas estruturais. O projeto busca reverter esse cenário, promovendo moradia digna e valorização do patrimônio.
“Estamos dentro do prazo de seis meses para a elaboração do projeto, que deverá estar pronto em junho. A partir disso, vamos buscar os recursos necessários para executar a obra”, informou Scofield. A iniciativa será submetida à aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e deve contar com financiamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas.
O documento técnico organiza as ações em etapas de curto, médio e longo prazo. As medidas iniciais incluem limpeza urbana, mitigação de riscos e mobilização comunitária. Já as etapas seguintes contemplam intervenções estruturais, requalificação habitacional e reocupação dos casarões, com o objetivo de fortalecer o comércio local e dinamizar a economia da região.
O projeto tem também o apoio do Instituto Carlinhos Brown, parceiro na identificação e valorização de talentos culturais do bairro. “Não se faz cultura isoladamente. É preciso que a cidade cresça junto, que o desenvolvimento venha acompanhado de dignidade e pertencimento. E essa resposta está vindo agora, com esse movimento que se renova a cada nova ação”, afirmou o artista.
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