O A Largo, empresa canadense responsável pela mina de vanádio Maracás Menchen, localizada em Maracás (BA), está enfrentando dificuldades financeiras que podem levar à interrupção temporária de suas operações.
Segundo comunicado da própria mineradora, “as operações correm o risco de interrupções operacionais, devido às contas a pagar devidas à sua contratada de mineração e outros fornecedores”.
Com a publicação do balanço da empresa referente ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2024 ficou claro que os problemas da empresa são grandes.
Segundo o balanço, a companhia incorreu em um prejuízo de R$ 195,2 milhões no exercício de 2024 e o passivo circulante é maior do que o ativo em R$484 milhões. Isso significa, conforme os próprios auditores atestam, a existência de incerteza relevante que pode “levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia”.
A própria auditoria da empresa identificou também riscos de distorções relevantes nas demonstrações financeiras. Dentre as questões está o risco cambial a que a companhia está exposta e a inclusão de impostos diferidos no ativo.
Apesar disso, a empresa informa que a produção de pentóxido de vanádio (V2O5) se manteve em níveis “sustentados” durante o terceiro trimestre.
A Largo Inc anunciou o adiamento do pagamento de empréstimos com cinco credores brasileiros representando US$ 84,2 milhões em dívida até 18 de março de 2026, com prorrogação automática para 18 de setembro de 2026, sujeito à obtenção de capital de pelo menos C$ 30 milhões pela Largo até 17 de novembro de 2025.