A apicultura de Ribeira do Pombal e de outros 19 municípios do Semiárido baiano recebeu um importante reforço com a inauguração, nesta sexta-feira (19), da nova unidade de beneficiamento de produtos de abelhas da Cooperativa dos Apicultores de Ribeira do Pombal (Cooarp).
Totalmente equipada e com estrutura anexa para beneficiamento da cera, a agroindústria vai impactar diretamente na produção e na renda de mais de 280 famílias apicultoras, que passam a contar com um espaço adequado e seguro para escoar sua produção.
Segundo Raquel Costa, responsável pelo Setor de Qualidade da Cooarp, os novos equipamentos garantem ainda mais excelência ao trabalho da cooperativa. “Os nossos méis são únicos, por serem de floradas silvestres e produzidos por cooperados que atuam de forma orgânica. Com essa estrutura, temos segurança no processo de beneficiamento e ampliamos nossa capacidade produtiva, que agora poderá chegar a 1 mil toneladas ao ano”, destaca.
A entrega foi realizada pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), e conta também com o acompanhamento de uma Agente Técnico em Gestão e Acesso a Mercado (Ateg), profissional contratada pela CAR a partir do edital do projeto Bahia que Produz e Alimenta, com a missão de apoiar a gestão da agroindústria familiar.
Para Yasmin Melo, Ateg da Cooarp, o impacto do novo equipamento será decisivo para a apicultura regional. “A nova unidade de beneficiamento valoriza a nossa produção de mel, já tradicional, com uma estrutura à altura da importância da apicultura no Semiárido. Destaco também a unidade de beneficiamento de cera, que fortalece a segurança e a qualidade do mel, pois os apicultores entregam a cera bruta e recebem a cera alveolada, sem precisar recorrer a atravessadores”, explica.
Com as novas estruturas, a cooperativa amplia a capacidade de diversificação e comercialização da linha Melira, marca da Cooarp, que já oferece ao mercado méis em bisnagas, garrafas, sachês e também na versão com pedaços de favo. Produtos que carregam a identidade e a autenticidade das floradas silvestres da caatinga
Foto: André Frutuôso