O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu seu voto no julgamento da trama golpista acolhendo pedidos preliminares realizados pelas defesas. Ele divergiu do relator, Alexandre de Moraes, ao sustentar que o processo não poderia tramitar no STF e que, caso permaneça na Corte, deveria ser julgado pelo plenário completo. Ele também apontou cerceamento de defesa pela entrega tardia e desorganizada de provas eletrônicas, em volume que chamou de “tsunami de dados”. Além disso, aceitou pedido da defesa do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para que a análise da acusação sobre organização crimonosa contra o parlamentar seja suspensa. Esses questionamentos, porém, já foram analisados pela Primeira Corte em ocasiões anteriores, e rejeitados por maioria de votos. O placar da Primeira Turma está em 2 a 0 pela condenação, com votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Ainda votam Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O julgamento pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo