segunda, 25 de agosto de 2025
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 A PESQUISA QUAEST FOI BOA PARA JERÔNIMO E PARA ACM NETO, MAS TEVE UM DADO QUE NINGUÉM VIU

Redação - 25/08/2025 08:58 - Atualizado 25/08/2025

O resultado da última pesquisa Genial/Quaest para o governo da Bahia, divulgada nesta sexta-feira (22)  traz, como se esperava, um cenário polarizado, mas que tem resultados positivos para os dois candidatos.

ACM Neto, do União Brasil, candidato da oposição, obteve a liderança na pesquisa estimulada com 41% dos eleitores baianos afirmando que têm intenção de votar nele, enquanto o  governador, Jerônimo Rodrigues do PT aparece com 34%.

Foi um dado positivo, mas não tanto, afinal a pesquisa com 2,9% de margem de erro, indica que os candidatos estão praticamente empatados dentro da margem de erro, com apenas um ponto separando os candidatos de empate técnico.

O  governador Jerônimo Rodrigues obteve a aprovação do seu governo por 59% dos entrevistados. Foi um dado positivo, afinal vários institutos mostram que um candidato à reeleição que entra com percentual acima de 55% de aprovação é fortemente competitivo. Mas, o levantamento mostrou também que a desaprovação de Jerônimo oscilou de 31% em fevereiro para 33% agora. O governador precisa evitar que a desaprovação cresça, mas  se ampliar o nível de aprovação para acima de 59% entrará muito forte na disputa e é, por isso, que a oposição tenta de toda maneira descontruir seu governo.

Um dado importantíssimo que favorece o governador Jerônimo Rodrigues é a aprovação do presidente Lula na Bahia, que atingiu 60%, crescendo 13% em relação à última pesquisa. A força de Lula junto ao eleitorado baiano é grande e foi responsável pelo resultado das últimas eleições. Nesse aspecto, ACM Neto precisa se posicionar de maneira firme, fugir do “tanto faz”, ou do “não tenho candidato no 1º turno”, e apostar num nome que represente as oposições.

O apoio do segundo escalão dos candidatos parece ter pouca importância na disputa. João Roma aparece com 4% das intenções de voto, Kleber Rosa com 2% e João Carlos Aleluia com 1%. Roma precisa redefinir seu posicionamento no quadro político nacional e afastar-se da extrema direita, que nunca teve força no Brasil, e de Bolsonaro. Kleber Rosa do Psol tampouco parece ter força para influenciar o quadro polarizado e menos ainda Aleluia.

Por último, um número que ninguém viu, mas é importante: a proporção dos  indecisos e daqueles que  dizem que irão votar em branco, anular ou deixar de votar representa quase 20%. É o número mais ou menos esperado, que tende a se repetir nas eleições, mas é um eleitorado estratégico para quem busca votos em uma disputa tão apertada. No mais, o leitor já sabe, é só mais uma pesquisa e outras virão por aí. (EP- 25/08/2025)

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