sábado, 23 de agosto de 2025
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DONO DA ULTRAFARMA PODE SER PRESO NOVAMENTE

João Paulo - 22/08/2025 07:54

O empresário Sidney Oliveira, dono e fundador da Ultrafarma, não pagou a fiança de R$ 25 milhões após ter sido solto e, com isso, o Ministério Público fez, nesta quinta-feira (21), novo pedido de prisão contra ele. Na sexta-feira passada (15), a Justiça determinou a soltura dele e de Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop, sob condição de usarem tornozeleira eletrônica e pagarem fiança de R$ 25 milhões.

Como Oliveira não cumpriu com o pagamento, o MP pediu a prisão. O advogado Walfrido Warde, que defende Sidney Oliveira, afirmou que seu cliente tem prazo até esta sexta-feira (22) para pagar a fiança. Já o diretor da Fast Shop conseguiu um habeas corpus na 11ª Camara de Direito Criminal do TJ SP para suspender a obrigatoriedade do pagamento da fiança, também de R$ 25 milhões.

O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto teve a prisão temporária prorrogada. O Tribunal de Justiça não informou o período. Enquanto o fiscal Marcelo de Almeida Gouveia teve a prisão preventiva mantida. Os três são alvo de uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que investiga um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda e foram presos temporariamente na terça-feira (12).

O juiz Paulo Fernando Deroma De Mello incluiu, entre as medidas cautelares, os seguintes pontos:

  • Comparecer mensalmente em juízo;
  • Proibição de frequentar prédios relacionados com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, salvo se devidamente convocados;
  • Proibição de manter contato com demais investigados e testemunhas;
  • Proibição de se ausentar da comarca, sem prévia comunicação ao Juízo;
  • Recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, após às 20h;

Entrega de passaporte no primeiro dia útil após a soltura.

Em nota, o MP-SP informou que, além de Sidney e Mario, também foi liberada Tatiane de Conceição Lopes (mulher do operador Celso Éder Gonzaga Araújo). A Fast Shop informou, também por um comunicado, que “está colaborando integralmente com as autoridades. E reforça que as investigações tramitam sob sigilo judicial”.

A Ultrafarma afirmou que está colaborando com a investigação e que “as informações veiculadas serão devidamente esclarecidas no decorrer do processo e demonstrará a inocência no curso da instrução. A marca segue comprometida com a transparência, a legalidade e trabalho legítimo, sobretudo, com a confiança que milhões de brasileiros depositam diariamente na empresa”.

O advogado Fernando Capez, que defende Sidney Oliveira, disse que celebrou há alguns meses um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com o Ministério Público de SP, em que seu cliente reconheceu irregularidades tributárias. O acordo foi homologado pela Justiça, e os valores devidos foram parcelados e estão sendo pagos.

 

Foto: Reprodução

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