O segundo dia do NordesteLAB foi palco de mais uma oportunidade de encontros de grandes nomes do audiovisual do país. O evento aconteceu nesta quarta-feira (06), durante todo o dia, com Rodadas de Negócios, Clínicas Jurídicas, Mesas Temáticas, Masterclass e lançamento de livro, no Goethe-Institut, em Salvador.“Estamos vivendo uma edição bem bonita. Neste segundo dia, já tivemos muitos encontros com especialistas compartilhando experiências, pensando em futuros a partir dos desafios presentes na cadeia audiovisual. Tivemos também o lançamento do livro ‘Mercado Audiovisual do Nordeste’, do pesquisador Marcelo Ikeda, que traz dados que demarcam a estrutura de financiamento e realizações do nosso setor nos últimos anos. O evento é uma boa oportunidade de conectar, atualizar, acompanhar e desenvolver a nossa indústria. E até sexta-feira (08) estaremos juntos refletindo e construindo mais caminhos para um audiovisual mais diverso”, comenta Rubian Melo, uma das coordenadoras gerais do NordesteLAB.
Uma das mesas mais aguardadas pelo público teve como tema “A Utilização do YouTube para Potencializar as Produções Audiovisuais”, com Rafa Dias, cofundador do Dia Estúdio; Fernando Brandini, Head de Parcerias e Responsabilidades do YouTube; e Felipe Almeida, fundador do Mundo Bita, como convidados. “Trouxe um pouco da minha história de 12 anos de jornada construindo conteúdo infantil, que tem o YouTube como uma plataforma muito importante para distribuir e entregar esse tipo de conteúdo. Foi uma troca de experiência e compartilhamos com a plateia a nossa história, para que todo mundo possa se inspirar e conseguir seu caminho de sucesso”, declara Almeida.
Uma das convidadas da Mesa Temática “Preparando a Indústria para o Futuro”, Raquel Lemos, sóciofundadora da Lemos Consultoria Ltda. e Art.is Cultural, afirma que a abordagem de futuro sobre a inteligência artificial na verdade já integra o processo de produção e pós e seus impactos na cadeia de direitos em regime de contratação por conta de ainda não ter regulação no Brasil sobre a IA. “O processo está tramitando, mas ainda não foi aprovado, então ainda andamos no hiato, no letramento de como o mercado audiovisual entende até onde pode usar essas ferramentas, os lugares predatórios em que a tecnologia de fato pode revolucionar o serviço da cadeia de produção e, por fim, esse lugar de transformação tecnológica que a gente vai atravessar.”
Durante o evento, também ocorrem as Rodadas de Negócios, que este ano reúne produtoras de 17 estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Nesta edição, mais de 30 players, entre streamings, produtoras e distribuidoras audiovisuais estão em busca de projetos com mais diversidade para ampliar seus catálogos. Para Aline Lourena, gerente de Conteúdo de Filmes da Netflix, é muito prazeroso estar no NordesteLAB para contar um pouco da estratégia e das buscas pelas parcerias. “Nós acreditamos muito que essa parceria pode e tem dado frutos. Nós temos produzido muito fora do eixo Rio-SP e estar aqui é abrir mais uma porta para as produções do Nordeste, Norte e Centro-Oeste que merecem e devem ser representados nas telas brasileiras”.
O evento segue até a próxima sexta (08), reunindo profissionais do audiovisual em uma programação de trocas e debates que buscam refletir e impulsionar o futuro do cinema e do audiovisual no país. A programação completa está no site: www.nordestelab.com.br .
Realizado pelo Laboratório Audiovisual e pelo Audiovisual em Todos os Eixos, o NordesteLAB 2025 tem patrocínio do Sebrae Bahia, parceria do YouTube e apoio do Goethe-Institut, Projeto Paradiso, Tem Dendê Produções, Aliança Francesa, Embaixada da França no Brasil, Abramus, Movioca, SalCine, Educadora FM, TVE Bahia e Fieb.
O projeto NordesteLAB foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano IV com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.
O projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.