sábado, 19 de julho de 2025
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”ACUSAÇÃO DE QUE LULA FAZ CAMPANHA ‘NÓS CONTRA ELES’ É FALSA”, AFIRMA PRESIDENTE ELEITO DO PT NACIONAL

LUIZA SANTOS - 18/07/2025 16:07

O presidente eleito do PT Nacional, Edinho Silva, publicou um artigo na Folha de São Paulo, nesta quinta-feira, 17, sobre a “necessidade de defesa da soberania nacional, da urgência em o Congresso construir uma agenda para o Brasil, fugindo do varejo, dos projetos individuais”, e destacou a importância do “restabelecimento do presidencialismo, e de uma reforma política eleitoral para o fortalecimento da democracia”.

No texto, Edinho ressalta os desafios do país para o próximo período. “Um deles, de imediato, é unir o país em torno das consequências deixadas pela aliança da família Bolsonaro e do bolsonarismo, que cada vez mais se caracteriza com o fascismo que se alastra no mundo, com o presidente dos EUA, Donald Trump. Trata-se de um casamento marcado pela inconsequência e pelas medidas irresponsáveis que geram danos para o povo brasileiro e para as instituições nacionais, agredindo a nossa soberania”, disse o presidente, ao acrescentar que essa união “politiza a racionalidade econômica”, prejudica o ambiente de negócios e a nação brasileira.

O presidente petista chama a atenção para a importância de combater essa aliança danosa ao Brasil, mas chamou a atenção de que este não é o único desafio. ”Ainda precisamos cicatrizar as feridas deixadas pela recente batalha envolvendo o IOF. Mais do que o debate sobre arrecadação, alíquotas ou alternativas para cumprir as metas fiscais do país, está em jogo uma discussão maior e mais profunda, capaz de demarcar o Brasil que desejamos construir: queremos, afinal, ser um país dos privilégios ou da igualdade de oportunidades? Debate que o mundo terá que fazer diante da concentração global da renda”.

Edinho disse que não cabe mais ao país uma realidade de R$ 860 bilhões de renúncia fiscal e privilégios de setores em detrimento da população. “É inaceitável que grandes corporações sejam desoneradas, sem limite temporal, enquanto o pequeno e o médio empresário, mesmo setores do grande empresariado, o empreendedor, o trabalhador autônomo e o assalariado sigam pagando seus impostos, pagando a conta da desoneração ‘ad eternum’”, destacou Edinho, ao lamentar: “Logo se acusou o governo e o PT de disseminarem uma campanha do “nós contra eles”, como se, ao defender justiça social, privilegiasse sua base eleitoral em detrimento de outras. Nada mais falso”.

O Caso do IOF tonou visível um obstáculo a superar que o presidente nacional do PT considera ainda maior, que é o o desarranjo institucional brasileiro. “O processo de descaracterização do presidencialismo brasileiro, que se aprofundou no governo de Michel Temer e ultrapassou todos os limites no governo Bolsonaro. Quando está nas mãos do Congresso a responsabilidade pela execução de mais de R$ 52 bilhões do Orçamento da União por meio de emendas parlamentares, transformamos o nosso presidencialismo em semipresidencialismo ou semiparlamentarismo”, escreveu Edinho em seu artigo.

Foto: Divulgação/PT

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