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NA BAHIA, 15,8% DAS MULHERES CHEGAM AO FIM DA IDADE REPRODUTIVA SEM FILHOS

Matheus Souza - 27/06/2025 20:00

Os resultados sobre fecundidade do Censo 2022 consolidaram movimentos que já vinham sendo observados por outras pesquisas do IBGE: as mulheres estão adiando cada vez mais a maternidade, tendo menos filhos, e a proporção das que chegam ao final da idade reprodutiva sem terem tido nenhum filho cresceu. E o fator que mais parece impulsionar essas tendências é o maior nível de instrução.

Em 2022, na Bahia, a taxa de fecundidade total, que indica o número médio de filhos tidos por mulheres de 15 a 49 anos de idade, foi de 1,55. Ficou bem abaixo da taxa de reposição da população, que seria de 2,1 filhos por mulher, e foi a 10ª menor entre os estados, ficando igual à verificada no Brasil como um todo (1,55).

Rio de Janeiro (1,35 filho por mulher), Distrito Federal (1,38) e São Paulo (1,39) tinham as menores taxas de fecundidade em 2022. Roraima (2,19) e Amazonas (2,08) eram os únicos estados em que o indicador ficava próximo ou acima do nível de reposição.

Confira na tabela abaixo:

Tabela

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A redução da fecundidade tem relação, entre outros, com o adiamento da maternidade, ou seja, com o fato de as mulheres terem filhos mais tarde. A idade média em que as mulheres tiveram o primeiro filho, na Bahia, aumentou de 26,6 anos, em 2010, para 27,9 anos em 2022.

Os dados do Censo mostram que um maior nível de instrução era o fator que mais influenciava numa menor taxa de fecundidade e numa maior idade média ao ter filho.

Na Bahia, entre as mulheres com ensino superior completo, a taxa de fecundidade era de 1,13 filho, bem mais baixa do que a total (1,55) e cerca de 60% menor do que a taxa de fecundidade entre as mulheres sem instrução ou com até o ensino fundamental incompleto, que era de 1,97 – também abaixo do nível de reposição.

No estado, as mulheres sem instrução ou com até o ensino fundamental incompleto tinham o primeiro filho, em média, com 26,8 anos. Já as mulhertes que tinham ensino superior completo tinham o primeiro filho com 30,7 anos, em média. No país, as idades médias eram 26,7 e 30,7 anos, respectivamente.

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