Três cidades baianas — Guanambi, Lençóis e Paulo Afonso — foram incluídas na primeira etapa do AmpliAR, programa do governo federal que busca atrair investimentos privados para modernizar e operar aeroportos regionais. A iniciativa prevê, nesta fase inicial, um total de R$ 1,35 bilhão em investimentos, distribuídos entre 19 terminais em 11 estados das regiões Nordeste e Norte.
Os aeroportos de Guanambi, Lençóis e Paulo Afonso foram selecionados com base em critérios técnicos do Plano Aeroviário Nacional (PAN) e deverão ser ofertados por meio de processo competitivo simplificado. A média de investimento estimada por terminal é de aproximadamente R$ 77 milhões.
O objetivo do programa, criado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), é melhorar a infraestrutura aérea de cidades com menor conectividade e ampliar o acesso ao transporte aéreo em regiões estratégicas. A expectativa do governo é que, ao longo dos próximos anos, mais de R$ 5 bilhões sejam mobilizados em investimentos privados por meio do AmpliAR.
“Que isso possa estimular o turismo de negócios, que possa ajudar no turismo de lazer, para estimular que os brasileiros e estrangeiros viajem mais para o interior do Brasil. Nossa meta é que, nos próximos cinco anos, mais de 100 aeroportos sejam construídos ou requalificados em todo o país”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Com os investimentos, os três municípios baianos devem ganhar impulso no turismo e na economia regional. Lençóis, por exemplo, é uma das principais portas de entrada da Chapada Diamantina e tem potencial para ampliar o fluxo de visitantes nacionais e internacionais. Já Paulo Afonso e Guanambi poderão fortalecer sua vocação para negócios, eventos e transporte de mercadorias.
Segundo o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, a iniciativa é estratégica para reduzir desigualdades regionais e integrar áreas ainda pouco atendidas pelo transporte aéreo.
“Em parte dessas cidades só há acesso por barcos, por onde chegam produtos de saúde, alimentos e combustível. Com estiagem, que ocorre com maior frequência na Região Norte, alguns municípios acabam ficando completamente isolados”, afirmou.
“Baseado em uma análise técnica reconhecida pelo TCU, que sugeriu usar a metodologia do PAN como referência para planejamento, a implantação do AmpliAR resulta em múltiplos impactos para o desenvolvimento regional e traz benefícios para diversas áreas”, completou Franca.
As empresas interessadas serão selecionadas por meio de aditivos que reequilibrarão contratos vigentes. A previsão é que as propostas sejam abertas em setembro e que os novos contratos sejam firmados até o fim de 2025. Os terminais que não receberem propostas continuarão disponíveis para futuras etapas do programa.
Foto: Prefeitura de Parintins